sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Materia sobre Madeira Plastica
Achei essa materia de ontem da Revista Sustentabilidade muito legal e resolvi repassa-la aqui ;)
"Escolha a madeira plástica
por Daniela Iacobucci — última modificação Dec 16, 2010 11:53 AM
Catalogado sob: materiais de construção
Saiba mais sobre a madeira plástica, uma opção muito mais sustentável
O uso da madeira para construção residências, móveis e utensílios, entre tantas outras coisas está devastando a natureza, por isso ouvimos tanto falar em objetos produzidos com madeira de reflorestamento.
Mas existem outras opções que estão surgindo no mercado e além da durabilidade maior, ainda preservam o meio ambiente, como é o caso da madeira plástica.
Banco feito de madeira plástica
É um material semelhante a madeira e que é fabricado a partir da reciclagem de vários tipos de plástico, que são processados e pigmentados para chegar a um novo material sólido com uso idêntico ao da madeira, podendo ser pregada, parafusada, rebitada ou colada.
É uma solução 100% ecológica que respeita o meio ambiente, ajudando a eliminar o lixo plástico e desmatamento indevido, pode ser usada em qualquer tipo de ambiente, tanto internos como externos. A madeira plástica não absorve quase nada de umidade, a durabilidade e resistência são características notórias. É resistente ao sol, corrosão, chuva, poeira e pode ser mantida em contato permanente com o solo. É também imune a pragas, não mofa e não cria fungos.
No Brasil apenas três estados fabricam a madeira plástica. Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul. Mesmo não sendo aparentemente idêntica a madeira, pode ser uma saída para quem pretende usar materiais ecológicos."
Fonte: Sacolinhas Plásticas
Por Alana Rany
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Movimento Ressurgencia
O Movimento Ressurgencia eh uma ONG de Arraial do Cabo, litoral do Rio de Janeiro, que estah ligada a PRESERVAÇÃO AMBIENTAL, CULTURA e DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL .
Vale a pena conhecer e apoiar a iniciativa ;) Atraves do Noticias Isabel, voce pode saber mais sobre o Movimento e ficar por dentro do que acontece em termos de Ecologia, Ciência, Meio Ambiente, Turismo, Educação, Cultura, Saúde e, principalmente, sobre a regiao.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Repassando e divulgando : Ecosurfi
"A campanha “Vamos Limpar o Mundo” 2010, aconteceu na cidade de Itanhaém e contou com a participação de voluntários por toda a cidade.
As ações percorreram praias, ilhas, costões rochosos, rios, trilhas e matas ciliares.
Centenas de quilos de detritos foram retirados da área costeira. Todo o material coletado foi analisado através da qualificação por tipo e quantidade.
Os dados registrados foram sistematizados e enviados através do relatório de despoluição produzido pela Ecosurfi, para as organizações ambientalistas internacionais, a norte americana Ocean Conservancy e a australiana Clean Up the World.
Os números da campanha “Vamos Limpar o Mundo” 2010, vão servir de subsidio para a elaboração do diagnóstico sobre a contaminação dos oceanos por resíduos sólidos, que está sendo produzido pelo PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).
Confira as fotos e os registros da campanha em www.ecosurfi.org
A Ecosurfi agradece a todos os voluntários.
TODOS JUNTOS SOMOS FORTES!!!"
Depois de mais essa atitude pelo planeta, soh resta dizer: Parabens Ecosurfi !
As ações percorreram praias, ilhas, costões rochosos, rios, trilhas e matas ciliares.
Centenas de quilos de detritos foram retirados da área costeira. Todo o material coletado foi analisado através da qualificação por tipo e quantidade.
Os dados registrados foram sistematizados e enviados através do relatório de despoluição produzido pela Ecosurfi, para as organizações ambientalistas internacionais, a norte americana Ocean Conservancy e a australiana Clean Up the World.
Os números da campanha “Vamos Limpar o Mundo” 2010, vão servir de subsidio para a elaboração do diagnóstico sobre a contaminação dos oceanos por resíduos sólidos, que está sendo produzido pelo PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).
Confira as fotos e os registros da campanha em www.ecosurfi.org
A Ecosurfi agradece a todos os voluntários.
TODOS JUNTOS SOMOS FORTES!!!"
Depois de mais essa atitude pelo planeta, soh resta dizer: Parabens Ecosurfi !
sábado, 30 de outubro de 2010
Mutirao de limpeza - Itanhaem S.P.
Divulgando e repassando mais um bom exemplo de cidadania e luta ambiental da Ecosurfi :
Após a reorganização da ação internacional “Clean Up the World”, / Vamos Limpar o Mundo devido a problemas com o mal tempo (chuvas), a Ecosurfi realiza a campanha nesse próximo dia 01 de novembro na cidade de Itanhaém.
A programação terá início às 9 horas com os mutirões de limpeza acontecendo simultaneamente em 10 pontos estratégicos do município, totalizando uma área a ser atingida pela despoluição com cerca de 7,5 quilômetros.
Pontos de despoluição:
Suarão (Concentração Posto Bombeiro na Praia)
Centro (Concentração Quiosque Ventania)
Praia da Saudade - Trilha Sapucaitava (Concentração Praia dos Pescadores)
Praia dos Pescadores (Concentração Praia dos Pescadores)
Ilha das Cabras - Praia do Pescadores (Concentração Praia dos Pescadores)
Praia do Sonho - Faixa de Areia (Concentração Praia dos Pescadores)
Costão Praia do Sonho e Praia das Conchas (Concentração Praia dos Pescadores)
Cama Anchieta - Gruta nossa Senhora de Lourdes (Concentração Praia dos Pescadores)
Cibratel (Concentração Quiosque Correnteza)
Gaivota (Concentração Quiosque do Norberto)
Os mutirões serão finalizados com a triagem dos materiais coletados, às 11:30 horas.
As inscrições podem ser feitas pela página: www.ecosurfi.org ou pelos telefones (13) 3426 8138 – (13) 9755 1559
Após a reorganização da ação internacional “Clean Up the World”, / Vamos Limpar o Mundo devido a problemas com o mal tempo (chuvas), a Ecosurfi realiza a campanha nesse próximo dia 01 de novembro na cidade de Itanhaém.
A programação terá início às 9 horas com os mutirões de limpeza acontecendo simultaneamente em 10 pontos estratégicos do município, totalizando uma área a ser atingida pela despoluição com cerca de 7,5 quilômetros.
Pontos de despoluição:
Suarão (Concentração Posto Bombeiro na Praia)
Centro (Concentração Quiosque Ventania)
Praia da Saudade - Trilha Sapucaitava (Concentração Praia dos Pescadores)
Praia dos Pescadores (Concentração Praia dos Pescadores)
Ilha das Cabras - Praia do Pescadores (Concentração Praia dos Pescadores)
Praia do Sonho - Faixa de Areia (Concentração Praia dos Pescadores)
Costão Praia do Sonho e Praia das Conchas (Concentração Praia dos Pescadores)
Cama Anchieta - Gruta nossa Senhora de Lourdes (Concentração Praia dos Pescadores)
Cibratel (Concentração Quiosque Correnteza)
Gaivota (Concentração Quiosque do Norberto)
Os mutirões serão finalizados com a triagem dos materiais coletados, às 11:30 horas.
As inscrições podem ser feitas pela página: www.ecosurfi.org ou pelos telefones (13) 3426 8138 – (13) 9755 1559
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Baleia nao resistiu...
Hesitei em comentar sobre essa noticia pela esperanca de um bom desfecho,mas foi em vao. A baleia jubarte que se encontrava encalhada na praia de Geriba , em Buzios, RJ , nao resistiu. E, um misto de raiva e vergonha diante da impotencia do desfecho eh explicito. Saber como evitar de uma maneira eficaz que nao encalhassem seria uma solucao.
Eu soube que os bombeiros do Grupamento Marítimo do RJ (G-Mar) monitoram todos os animais que cheguem perto da costa. Se algum deles se aproxima demais, eles usam barcos, apitos e o que mais estiver à mão para tentar afastá-lo.
Diante tantos encalhamentos por aqui ,me permite a questionar ou essa tentativa eh rudimentar ou nao se estah havendo um monitoramento eficaz...mas a realidade eh que quando uma baleia está desorientada o suficiente para encalhar, é porque já está doente ou com algum outro problema ; o que faz com que dificulte ainda mais com que ela volte para o mar depois que encalha.
E como vivem no mar onde na agua os seus corpos flutuam , fora dela, não têm estrutura para agüentar o próprio peso, que acaba por comprimir a caixa torácica, comprometendo a circulação e a respiração. O que se sabe eh que as baleias resistem a esse sofrimento por três dias, no máximo.
Os Cientistas ainda estão buscando explicações para o fenômeno que eh uma incognita.
As baleias jubarte realizam uma migração anual. Durante o verão ela se dirige para as águas polares para se alimentar e durante o inverno migra para águas tropicais e subtropicais para acasalar e dar à luz seus filhotes. Assim, no hemisfério sul as jubartes chegam por volta de junho/julho e permanecem até novembro/dezembro, quando retornam para as áreas de alimentação. Ou seja, a cada ano fazem uma viagem da Antártida rumo à costa brasileira em busca de águas quentes e rasas . A jubarte de Búzios, provavelmente, estaria em sua jornada de volta ao continente gelado, mas infelizmente, ainda não se sabe o motivo de ter encalhado.
Mais sobre a Jubarte no site do Instituto Baleia Jubarte
Como funciona o regate de uma baleia:
Mais de 50 homens trabalham na operação de desencalhe.
Mante-la molhada ,pois baleias e golfinhos podem sofrer queimaduras de sol, e por isso é importante mantê-los sempre molhados. As ondas ajudam, mas se o sol estiver forte demais é bom cobrir o animal com panos claros encharcados.
Cabo-de-guerra,onde uma rede acolchoada de tecido, presa a cabos, é passada por baixo do corpo do animal, até as nadadeiras. Os rebocadores puxam os cabos até que a baleia chegue a uma profundidade onde possa flutuar. (puxar pelo rabo pode quebrar a coluna).
Rebocador a postos,como não podem ficar perto demais, sob risco de encalhar também, os rebocadores contam com ajuda das lanchas para levar cabos e redes até os bombeiros.
Cordão de isolamento, pois os curiosos podem ser um problemão. Alguns chegam exaltados, outros com idéias mirabolantes. E ainda existe gente querendo colocar os filhos ,acreditem,em cima do animal para tirar fotos!
Abrindo caminho, onde jateadores de água, bombas ou dragas podem ser usados para escavar a areia, abrindo um caminho pelo qual a baleia pode ser levada para o mar.
Fontes:
José Laílton, coordenador do Projeto Mamíferos Aquáticos (Maqua), da UERJ. Instituto Baleia Jubarte; revista superinteressante ; http://veja.abril.com.br. Foto tb da Veja.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
O Druidismo e o Ativismo Ambiental
Primeiramente vamos esclarecer: Paganismo, significa "habitante do campo', eh o culto a natureza como sagrada, nada haver c/ culto ao demonio , alias , mais um dos equivocos historicos c/ fins vantajosos aos interessados tb historicos.
Segundo: Druidismo nao eh Wicca.
E terceiro:Mas a verdade, eh que nao hah rituais de sacrificios nem humanos e nem animais, pelo contrario,esses atos crueis e fanaticos eh p/ loucos devairados satanicos que deviam estar numa camisa de forca.
Assemelham-se sim, em suas funcoes aos xamanismo , tipo como a dos nativos americanos.E isto, eh devido a caracteristica fundamental da espiritualidade dos druidas: a profunda integração com o meio ambiente; a percepção de que a Natureza eh viva; eh sagrada, pois nos alimenta e isso eh a grande alquimia da vida, transformar uma semente no pao de cada dia.
Toda religiao evolui e todas tem lah seus historicos episodios tragicos, que o diga a Santa Inquisicao e a Reforma de Lutero que matou milhares de pessoas seguindo a linha de pensamento : "Que mal pode causar se um homem diz uma boa e grossa mentira por uma causa meritória e para o bem da igreja (luterana).".
Conforme visto, o druidismo era a religião dos celtas que ainda permanece viva e adaptada para os dias de hoje. Nela,o princípio básico eh a sacralidade da Natureza e por isso, eh inevitavel a busca por mais equilibrio e menos agressao a Mãe Terra; defende-se a harmonia, o amor e o respeito ao Meio Ambiente e nao o parasitismo desenfreado e inconsequente, que transforma a raça humana em uma doença malefica desse imenso organismo.
Conforme um membro da OBOD (The order of Bards ,Ovates e Druids):"Druidismo é uma espiritualidade de coisas simples - de tempo e lugar, a existência e a imaginação. Ela ensina a apreciação do nascer do sol eo som da água. Somos livres para expressar a divindade como a experimentamos."...
O que poucos sabem eh que alem do Projeto Bosque Sagrado, muitos druidas estão envolvidos com trabalhos ambientalistas e com a proteção do nosso planeta atraves principalmente de Ongs,fazendo parte delas ou p/ detras delas .
Pois os três deveres de um druida sao : curar a si mesmo; curar a comunidade; curar a Terra.
Diante fonte da BBC Brasil, o druidismo deve se tornar a primeira prática pagã a receber reconhecimento oficial como religião no Reino Unido, status que lhe garante isenção fiscal. Isso significa que os Druidaspodem receber isenção de impostos sobre doações - e agora têm o mesmo estatuto que as religiões tradicionais, como a Igreja da Inglaterra.
A comissão britânica que regula instituições de caridade aceitou o argumento de que a adoração a espíritos naturais pode ser vista como uma atividade religiosa de interesse público, milhares de anos após os primeiros druidas terem surgido no Reino Unido. O druidismo é uma das primeiras práticas espirituais de que se tem conhecimento no Reino Unido, e os druidas também existiram em sociedades celtas em outros países da Europa.
A organização Druid Network afirma, no entanto, que não se beneficiará da isenção fiscal a que deve ter direito, porque não recebe dinheiro o suficiente para tal.Phil Ryder, líder da Druid Network, disse apreciar o reconhecimento oficial, ainda que esse não tivesse sido o motivo pelo qual pediu o status de organização de caridade. "Pedimos porque somos obrigados por lei a fazê-lo."
Embora muitos os vejam como pessoas misteriosas, os antigos druidas eram conhecidos como líderes religiosos, juízes e sábios entre os celtas durante os tempos pré-cristãos. Como o site Druidismo diz,"os 'textos' sagrados dos Druidas são o passar das estações do ano, são os ritmos da Natureza, as marés, as flores, as tempestades, as trilhas do Sol e da Lua através do firmamento. É um texto 'interativo', que não deve ser memorizado ou entendido, mas sim sentido no fundo de nossas almas".
As pessoas estao se conscientizando cada vez mais em preservar o meio ambiente e conforme Adrian Rooke, um druida que trabalha como conselheiro disse: "O mundo está ficando sem recursos, e nesse contexto, agora é mais importante para as pessoas formular uma relação com a natureza."
Uma Sociedade Ecozóica
"Todos nós temos nosso trabalho particular. Temos uma variedade de ocupações. Mas além do trabalho que desempenhamos e da vida que levamos, temos uma Grande Obra na qual todos estamos envolvidos e ninguém está isento: é a obra de deixar uma era cenozóica terminal e ingressar na nova Era Ecozóica na história do Planeta Terra. Esta é a Grande Obra".
- Thomas Berry (geólogo, pensador, visionário )
Fontes tb utilizadas:CBS News; Luis Nassif Online ; blog Caer Tabebuya; Templo de Avalon
Fotos: Picasa; flickr; xamanismo.com.br ; http://www.montrealcelticfestival.com/celtic.jpg ; http://2.bp.blogspot.com
sábado, 2 de outubro de 2010
Jah fala-se em salmoes trangenicos...
Para quem nao sabe , Trangenicos sao organismos geneticamente modificados, ou seja, novas combinações genéticas onde recombina características de um ou mais organismos de uma forma que provavelmente não aconteceria na natureza. Faz parte de uma polemica entre cientistas e ambientalistas devido a desinformacao, ninguem sabe ao certo suas reais consequencias tanto na saude, quanto ao Meio-Ambiente.
O sashimi de salmão, uma das iguarias gastronômicas feitas com a carne disputada do peixe. Este vem do Chile (foto :Flickr.com/ Puamelia – CC BY-SA 2.0).
Conforme artigo no Ciencia Hoje, o salmao estah sendo adulterado para acelerar o seu crescimento e atender a demanda. Em sua defesa, afirmam que isso pode diminuir a pesca predatoria e com isso,evitar maiores impactos ambientais... por outro lado, o medo dos ambientalistas eh que estes salmoes do cativeiro, possam ter qualquer acesso ao Meio-Ambiente e alem disso,por serem mais vorazes e agressivos, possam ameacar os salmões comuns.
Ainda conforme o artigo em integra: "Após a análise pormenorizada e criteriosa da FDA, foi comprovado que o consumo dos salmões transgênicos é algo seguro".
Bem, a ideia pode ateh ser bem intencionada, mas manipular a natureza dessa forma eh preciso ao meu ver muita cautela.Fica valendo aquele antigo ditado , onde veste-se um santo e despe-se outro, o que nesse caso , pode ficar irreversivelmente despido, em se tratando do Meio-Ambiente.
Fontes: Wikipedia, Ciencia Hoje
O sashimi de salmão, uma das iguarias gastronômicas feitas com a carne disputada do peixe. Este vem do Chile (foto :Flickr.com/ Puamelia – CC BY-SA 2.0).
Conforme artigo no Ciencia Hoje, o salmao estah sendo adulterado para acelerar o seu crescimento e atender a demanda. Em sua defesa, afirmam que isso pode diminuir a pesca predatoria e com isso,evitar maiores impactos ambientais... por outro lado, o medo dos ambientalistas eh que estes salmoes do cativeiro, possam ter qualquer acesso ao Meio-Ambiente e alem disso,por serem mais vorazes e agressivos, possam ameacar os salmões comuns.
Ainda conforme o artigo em integra: "Após a análise pormenorizada e criteriosa da FDA, foi comprovado que o consumo dos salmões transgênicos é algo seguro".
Bem, a ideia pode ateh ser bem intencionada, mas manipular a natureza dessa forma eh preciso ao meu ver muita cautela.Fica valendo aquele antigo ditado , onde veste-se um santo e despe-se outro, o que nesse caso , pode ficar irreversivelmente despido, em se tratando do Meio-Ambiente.
Fontes: Wikipedia, Ciencia Hoje
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Quando dói no bolso. ( Ciencia Hoje)
Se o aumento de temperaturas, nível do mar e extinção de espécies ainda não mobilizaram alguns para o aquecimento global, é possível que se convençam por outra via: os impactos econômicos que devem vir na cola do fenômeno.
Por: Debora Antunes
O aquecimento global deve prejudicar consideravelmente a economia brasileira. Os impactos que terá sobre a agricultura foi tema do trabalho de doutorado do economista Gustavo Inácio de Moraes, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).
A partir do atual cenário agrícola do país, ele baseou-se em cálculos matemáticos para prever como as mudanças na temperatura devem afetar as diferentes regiões e suas culturas.
“O estudo mostra que as desigualdades entre regiões vão se acentuar"
“O estudo mostra que as desigualdades entre regiões vão se acentuar, e haverá migração de mão-de-obra para outros estados. Será um êxodo semelhante ao ocorrido no século 19 no Brasil”, avalia o pesquisador, referindo-se ao período de migração associado ao ciclo da borracha no país.
Para realizar o trabalho, Moraes levou em consideração dois cenários previstos para o futuro: um para 2020 e outro para 2070. Ambos foram traçados pela Embrapa com base em dados do Painel Intergovernamental para Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês).
Para o primeiro período, são previstas alterações climáticas mais brandas. Já para 2070, a expectativa é de mudanças drásticas, que deverão provocar maiores adaptações sociais e econômicas.
Plantação de cana-de-açúcar: no estado do Rio de Janeiro, aquecimento inicial poderá até beneficiar a atividade, mas temperaturas altas demais previstas para 2070 devem levar a declínio do setor (foto: Wikimedia Commons/ Simeon – CC BY 3.0).
Impactos
O estudo analisou regiões com culturas de feijão, milho, soja, algodão, arroz, cana-de-açúcar, mandioca e café. Para 2020, os cálculos mostraram que pode haver uma queda de até 4% na atividade econômica do Nordeste. “Os cultivos agrícolas do Centro-Oeste, especificamente nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, também seriam bastante afetados, principalmente o da soja”, explica o economista.
Já o Sudeste poderia até sair ganhando: o cultivo de cana-de-açúcar seria favorecido pela elevação da temperatura, já que depende de um clima mais quente. A atividade econômica da região teria aumento de 0,83%.
As projeções para 2070 são mais alarmantes. Os prejuízos econômicos no Nordeste foram estimados em 6,13%
As projeções para 2070 são mais alarmantes. No país, a queda no PIB seria de 1,1%. “Considerando-se os preços de 2005, essa diminuição seria equivalente a R$ 26 bilhões”, analisa Moraes.
Os prejuízos econômicos no Nordeste foram estimados em 6,13%. Isso provocaria uma onda de migração da mão-de-obra para estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. O Sudeste, agora, sairia perdendo, uma vez que as temperaturas já estariam altas demais para o cultivo da cana-de-açúcar.
Um estudo semelhante foi realizado em 2008 pela Embrapa [PDF]. Enquanto este fez uma projeção com regiões do país que apresentariam áreas aptas para o cultivo, o trabalho de Moraes se baseia nas áreas agrícolas atuais e nos alimentos cultivados em cada região. A partir desses dados, analisa o comportamento da economia como um todo. O economista foi orientado pelo agrônomo Joaquim Bento de Souza Ferreira Filho Moraes, professor-titular da Esalq/USP.
Moraes acredita que outros setores da economia também serão afetados, como a saúde pública. Ele se refere a estudos que associam as alterações climáticas a um aumento de doenças tropicais. “O redirecionamento de recursos para atender a população vulnerável, predominantemente pobre, será uma necessidade dos futuros orçamentos públicos, agindo para mitigar os efeitos da mudança climática”, diz um trecho do estudo.
As enchentes causadas pelas chuvas no Paquistão: os mesmos bilhões necessários para reconstruir o país poderão ser um gasto necessário no Brasil no futuro (Matloob Ali/ Oxfam – CC BY-NC-ND 2.0).
Prejuízos como no Paquistão?
As enchentes que assolaram o Paquistão nas últimas semanas mostram, segundo Moraes, como pode custar caro a reconstrução de um país – estimado em alguns bilhões de dólares pela ONU.
De acordo com os cálculos feitos pelo economista, o prejuízo do Brasil com o aquecimento global – considerando-se o cenário para 2070 utilizado na tese – demandaria gastos tão elevados quanto o do país asiático.
O prejuízo do Brasil com o aquecimento global demandaria gastos tão elevados quanto o do país asiático
“A ONU estima que os prejuízos possam chegar a US$ 46 bilhões. Não posso relacionar o atual desastre a mudanças climáticas. Mas é possível que o aquecimento global torne esse tipo de ocorrência mais frequente”, considera.
O prejuízo pode não ser apenas nas contas do governo: “A conta pode aumentar não só para os gastos públicos, como também nos investimentos do setor privado, por meio de seguros e reparos”, explica.
O prognóstico parece sombrio, mas o economista acredita que os resultados apontados podem contribuir para um maior engajamento da sociedade em relação ao aquecimento global. “O comprometimento pode aumentar, estimulando pesquisas para diminuir a emissão de gases [poluentes] e a busca por fontes renováveis de energia”, conclui.
Por: Debora Antunes
O aquecimento global deve prejudicar consideravelmente a economia brasileira. Os impactos que terá sobre a agricultura foi tema do trabalho de doutorado do economista Gustavo Inácio de Moraes, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).
A partir do atual cenário agrícola do país, ele baseou-se em cálculos matemáticos para prever como as mudanças na temperatura devem afetar as diferentes regiões e suas culturas.
“O estudo mostra que as desigualdades entre regiões vão se acentuar"
“O estudo mostra que as desigualdades entre regiões vão se acentuar, e haverá migração de mão-de-obra para outros estados. Será um êxodo semelhante ao ocorrido no século 19 no Brasil”, avalia o pesquisador, referindo-se ao período de migração associado ao ciclo da borracha no país.
Para realizar o trabalho, Moraes levou em consideração dois cenários previstos para o futuro: um para 2020 e outro para 2070. Ambos foram traçados pela Embrapa com base em dados do Painel Intergovernamental para Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês).
Para o primeiro período, são previstas alterações climáticas mais brandas. Já para 2070, a expectativa é de mudanças drásticas, que deverão provocar maiores adaptações sociais e econômicas.
Plantação de cana-de-açúcar: no estado do Rio de Janeiro, aquecimento inicial poderá até beneficiar a atividade, mas temperaturas altas demais previstas para 2070 devem levar a declínio do setor (foto: Wikimedia Commons/ Simeon – CC BY 3.0).
Impactos
O estudo analisou regiões com culturas de feijão, milho, soja, algodão, arroz, cana-de-açúcar, mandioca e café. Para 2020, os cálculos mostraram que pode haver uma queda de até 4% na atividade econômica do Nordeste. “Os cultivos agrícolas do Centro-Oeste, especificamente nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, também seriam bastante afetados, principalmente o da soja”, explica o economista.
Já o Sudeste poderia até sair ganhando: o cultivo de cana-de-açúcar seria favorecido pela elevação da temperatura, já que depende de um clima mais quente. A atividade econômica da região teria aumento de 0,83%.
As projeções para 2070 são mais alarmantes. Os prejuízos econômicos no Nordeste foram estimados em 6,13%
As projeções para 2070 são mais alarmantes. No país, a queda no PIB seria de 1,1%. “Considerando-se os preços de 2005, essa diminuição seria equivalente a R$ 26 bilhões”, analisa Moraes.
Os prejuízos econômicos no Nordeste foram estimados em 6,13%. Isso provocaria uma onda de migração da mão-de-obra para estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. O Sudeste, agora, sairia perdendo, uma vez que as temperaturas já estariam altas demais para o cultivo da cana-de-açúcar.
Um estudo semelhante foi realizado em 2008 pela Embrapa [PDF]. Enquanto este fez uma projeção com regiões do país que apresentariam áreas aptas para o cultivo, o trabalho de Moraes se baseia nas áreas agrícolas atuais e nos alimentos cultivados em cada região. A partir desses dados, analisa o comportamento da economia como um todo. O economista foi orientado pelo agrônomo Joaquim Bento de Souza Ferreira Filho Moraes, professor-titular da Esalq/USP.
Moraes acredita que outros setores da economia também serão afetados, como a saúde pública. Ele se refere a estudos que associam as alterações climáticas a um aumento de doenças tropicais. “O redirecionamento de recursos para atender a população vulnerável, predominantemente pobre, será uma necessidade dos futuros orçamentos públicos, agindo para mitigar os efeitos da mudança climática”, diz um trecho do estudo.
As enchentes causadas pelas chuvas no Paquistão: os mesmos bilhões necessários para reconstruir o país poderão ser um gasto necessário no Brasil no futuro (Matloob Ali/ Oxfam – CC BY-NC-ND 2.0).
Prejuízos como no Paquistão?
As enchentes que assolaram o Paquistão nas últimas semanas mostram, segundo Moraes, como pode custar caro a reconstrução de um país – estimado em alguns bilhões de dólares pela ONU.
De acordo com os cálculos feitos pelo economista, o prejuízo do Brasil com o aquecimento global – considerando-se o cenário para 2070 utilizado na tese – demandaria gastos tão elevados quanto o do país asiático.
O prejuízo do Brasil com o aquecimento global demandaria gastos tão elevados quanto o do país asiático
“A ONU estima que os prejuízos possam chegar a US$ 46 bilhões. Não posso relacionar o atual desastre a mudanças climáticas. Mas é possível que o aquecimento global torne esse tipo de ocorrência mais frequente”, considera.
O prejuízo pode não ser apenas nas contas do governo: “A conta pode aumentar não só para os gastos públicos, como também nos investimentos do setor privado, por meio de seguros e reparos”, explica.
O prognóstico parece sombrio, mas o economista acredita que os resultados apontados podem contribuir para um maior engajamento da sociedade em relação ao aquecimento global. “O comprometimento pode aumentar, estimulando pesquisas para diminuir a emissão de gases [poluentes] e a busca por fontes renováveis de energia”, conclui.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Reflexões acerca da pureza cultural indígena
"A população indígena brasileira, de acordo com a FUNAI, soma cerca de 410.000 índios divididos em 220 povos, incluindo aqueles que vivem fora das aldeias.
A população indígena brasileira, de acordo com a FUNAI, soma cerca de 410.000 índios divididos em 220 povos, incluindo aqueles que vivem fora das aldeias. Essa população encontra-se em diferentes processos de integração com a sociedade nacional, apresentando um quadro bastante complexo, onde temos desde índios recém contactados a índios cujo contato remontam há séculos, a partir das frentes de expansão. Nesse sentido, temos etnias que estão reduzidas à massa uniforme do campesinato brasileiro e etnias que resistiram no processo de integração nacional. Etnias tidas como desaparecidas e etnias ressurgidas a partir de mecanismos de re-construção de identidade étnica. Há grupos vivendo em áreas de 800 hectares por índio, como ocorre na Amazônia, e grupos em que cada índio não ocupa mais do que 0,59 hectare, como ocorre no estado do Mato Grosso do Sul.
Este cenário indígena gera discursos e afirmativas, na maioria das vezes conflitantes entre índios e outros segmentos da sociedade brasileira, que disputam com os índios as terras, os recursos naturais e, até mesmo, valores simbólicos da identidade nacional. A dificuldade em definir se são ou não índios; se é necessário integrá-los definitivamente ou mantê-los como estão; e se possuem muitas ou poucas terras, são algumas das questões que dividem opiniões, além das divulgadas na mídia nacional e internacional, como no caso das mortes de crianças indígenas vítimas de desnutrição. Em conjunto, todas essas questões estão interligadas e merecem reflexões.
É de conhecimento amplo que as terras indígenas são fundamentais para a sobrevivência física e cultural dos índios, por serem tradicionalmente povos coletores e caçadores e por estabelecerem com elas uma relação simbólica. Hoje, a maioria das sociedades indígenas enfrenta dificuldades em relação a sustentabilidade e à gestão de seus territórios. Os que praticam a agricultura perderam parte de suas técnicas de cultivos, suas sementes tradicionais, e tornaram-se monocultores dependentes de insumos comerciais e de bens que não têm como produzir.
As áreas indígenas são ricas em recursos naturais e, em geral, estão localizadas em regiões de fronteira agrícola e de expansão do capital, tornando-se, freqüentemente, alvo de conflitos. Estes se dão, entre outros motivos, por terem sido as terras indígenas vendidas a títulos de propriedade, em passado recente, pela própria União, que atualmente, numa espécie de mecanismo compensatório pela expropriação territorial, concede aos índios a posse permanente das terras, sem que os atuais proprietários, fazendeiros, produtores, empresários, assentados, entre outros segmentos sociais, sejam devidamente indenizados. Esses fatos geram novos conflitos e corroboram para um complexo ideológico presente nos discursos os mais variados, quer seja do senso comum, quer seja dos representantes das camadas mais elitizadas e intelectualizadas, que põem em “xeque” a pureza cultural ou primitividade dos índios quanto à questão de serem ou não índios e, portanto, merecedores ou não de seus direitos constitucionais.
Nesse aspecto, cabe ressaltar, que não existe pureza cultural, todas as sociedades são dinâmicas e é dessa forma que as culturas se reproduzem. O fato de alguns grupos indígenas não usarem cocares, flechas e bordunas e terem passado por um longo processo de descaracterização cultural não quer dizer que não sejam mais índios. A incorporação de rituais, crenças e práticas exógenas pelos índios não significa, necessariamente, que sua cultura deixou de ser autêntica e que, portanto, tais índios passaram a ser “falsos índios” ou “ex-índios”. Os estudos desenvolvidos com as sociedades indígenas, em particular os desenvolvidos por João Pacheco de Oliveira Filho, têm mostrado que elementos externos são ressemantizados e fundamentais para a preservação ou adaptação de organizações sociais e de modos de vida. Além de que, cabe indagar, se seria possível que as coletividades indígenas em contato com o mundo envolvente fossem totalmente refratárias aos fluxos culturais globais e as pressões do capitalismo.
Ainda nesse sentido, cabe esclarecer que os direitos indígenas não decorrem de uma condição de primitividade ou de pureza cultural a ser comprovada nos índios atuais. Eles decorrem, como bem pontua o antropólogo supracitado, pelo fato de serem reconhecidos pelo Estado brasileiro e pela sociedade nacional como descendentes da população autóctone. A tentativa de diferenciar os índios quanto aos seus direitos e de classificá-los pelo grau de primitividade não possui fundamentação científica. Fundamenta-se sim, no preconceito e no desconhecimento da dinâmica cultural das sociedades humanas.
A situação indígena atual, assim como a questão que envolve as relações interétnicas, é complexa e exige análise sob vários pontos de vista. A auto-sustentação tem sido um tema cada vez mais presente na agenda de discussões sobre direitos indígenas, uma vez que afeta a própria existência dessas sociedades, suas interações econômicas com a sociedade envolvente e, em particular, suas relações com o governo brasileiro. As soluções para as problemáticas indígenas impõem desafios aos diversos segmentos da sociedade, quer seja por órgãos políticos–administrativos, quer seja por instituições de pesquisa e desenvolvimento que atuam no país, como a Embrapa, por exemplo.
Atualmente os órgãos públicos federais, estaduais e municipais estão sendo chamados pelo governo brasileiro para atuarem interinstitucionalmente na articulação de ações conjuntas para enfrentar o problema da desnutrição na área indígena Guarani-kaiowá no MS. Cabe lembrar, que essas ações devem buscar como resultado o fortalecimento da produção de alimentos, bem como o da infra-estrutura de produção capazes de gerar rendas na economia de mercado e que, sobretudo, levem em consideração os conhecimentos indígenas e o respeito à sua diversidade, onde a participação dos índios é fundamental na formulação das políticas e na execução das ações, pois as demandas, como bem sabem os índios, não são mais aquelas ditadas por suas culturas tradicionais e sim as decorrentes do seu relacionamento com a sociedade envolvente."
Por Gercilene Teixeira( Ambiente Brasil)
Gercilene Teixeira (gerci@cpap.embrapa.br) é pesquisadora da Embrapa Pantanal, Corumbá-MS, mestre em Antropologia Cultural.
A população indígena brasileira, de acordo com a FUNAI, soma cerca de 410.000 índios divididos em 220 povos, incluindo aqueles que vivem fora das aldeias. Essa população encontra-se em diferentes processos de integração com a sociedade nacional, apresentando um quadro bastante complexo, onde temos desde índios recém contactados a índios cujo contato remontam há séculos, a partir das frentes de expansão. Nesse sentido, temos etnias que estão reduzidas à massa uniforme do campesinato brasileiro e etnias que resistiram no processo de integração nacional. Etnias tidas como desaparecidas e etnias ressurgidas a partir de mecanismos de re-construção de identidade étnica. Há grupos vivendo em áreas de 800 hectares por índio, como ocorre na Amazônia, e grupos em que cada índio não ocupa mais do que 0,59 hectare, como ocorre no estado do Mato Grosso do Sul.
Este cenário indígena gera discursos e afirmativas, na maioria das vezes conflitantes entre índios e outros segmentos da sociedade brasileira, que disputam com os índios as terras, os recursos naturais e, até mesmo, valores simbólicos da identidade nacional. A dificuldade em definir se são ou não índios; se é necessário integrá-los definitivamente ou mantê-los como estão; e se possuem muitas ou poucas terras, são algumas das questões que dividem opiniões, além das divulgadas na mídia nacional e internacional, como no caso das mortes de crianças indígenas vítimas de desnutrição. Em conjunto, todas essas questões estão interligadas e merecem reflexões.
É de conhecimento amplo que as terras indígenas são fundamentais para a sobrevivência física e cultural dos índios, por serem tradicionalmente povos coletores e caçadores e por estabelecerem com elas uma relação simbólica. Hoje, a maioria das sociedades indígenas enfrenta dificuldades em relação a sustentabilidade e à gestão de seus territórios. Os que praticam a agricultura perderam parte de suas técnicas de cultivos, suas sementes tradicionais, e tornaram-se monocultores dependentes de insumos comerciais e de bens que não têm como produzir.
As áreas indígenas são ricas em recursos naturais e, em geral, estão localizadas em regiões de fronteira agrícola e de expansão do capital, tornando-se, freqüentemente, alvo de conflitos. Estes se dão, entre outros motivos, por terem sido as terras indígenas vendidas a títulos de propriedade, em passado recente, pela própria União, que atualmente, numa espécie de mecanismo compensatório pela expropriação territorial, concede aos índios a posse permanente das terras, sem que os atuais proprietários, fazendeiros, produtores, empresários, assentados, entre outros segmentos sociais, sejam devidamente indenizados. Esses fatos geram novos conflitos e corroboram para um complexo ideológico presente nos discursos os mais variados, quer seja do senso comum, quer seja dos representantes das camadas mais elitizadas e intelectualizadas, que põem em “xeque” a pureza cultural ou primitividade dos índios quanto à questão de serem ou não índios e, portanto, merecedores ou não de seus direitos constitucionais.
Nesse aspecto, cabe ressaltar, que não existe pureza cultural, todas as sociedades são dinâmicas e é dessa forma que as culturas se reproduzem. O fato de alguns grupos indígenas não usarem cocares, flechas e bordunas e terem passado por um longo processo de descaracterização cultural não quer dizer que não sejam mais índios. A incorporação de rituais, crenças e práticas exógenas pelos índios não significa, necessariamente, que sua cultura deixou de ser autêntica e que, portanto, tais índios passaram a ser “falsos índios” ou “ex-índios”. Os estudos desenvolvidos com as sociedades indígenas, em particular os desenvolvidos por João Pacheco de Oliveira Filho, têm mostrado que elementos externos são ressemantizados e fundamentais para a preservação ou adaptação de organizações sociais e de modos de vida. Além de que, cabe indagar, se seria possível que as coletividades indígenas em contato com o mundo envolvente fossem totalmente refratárias aos fluxos culturais globais e as pressões do capitalismo.
Ainda nesse sentido, cabe esclarecer que os direitos indígenas não decorrem de uma condição de primitividade ou de pureza cultural a ser comprovada nos índios atuais. Eles decorrem, como bem pontua o antropólogo supracitado, pelo fato de serem reconhecidos pelo Estado brasileiro e pela sociedade nacional como descendentes da população autóctone. A tentativa de diferenciar os índios quanto aos seus direitos e de classificá-los pelo grau de primitividade não possui fundamentação científica. Fundamenta-se sim, no preconceito e no desconhecimento da dinâmica cultural das sociedades humanas.
A situação indígena atual, assim como a questão que envolve as relações interétnicas, é complexa e exige análise sob vários pontos de vista. A auto-sustentação tem sido um tema cada vez mais presente na agenda de discussões sobre direitos indígenas, uma vez que afeta a própria existência dessas sociedades, suas interações econômicas com a sociedade envolvente e, em particular, suas relações com o governo brasileiro. As soluções para as problemáticas indígenas impõem desafios aos diversos segmentos da sociedade, quer seja por órgãos políticos–administrativos, quer seja por instituições de pesquisa e desenvolvimento que atuam no país, como a Embrapa, por exemplo.
Atualmente os órgãos públicos federais, estaduais e municipais estão sendo chamados pelo governo brasileiro para atuarem interinstitucionalmente na articulação de ações conjuntas para enfrentar o problema da desnutrição na área indígena Guarani-kaiowá no MS. Cabe lembrar, que essas ações devem buscar como resultado o fortalecimento da produção de alimentos, bem como o da infra-estrutura de produção capazes de gerar rendas na economia de mercado e que, sobretudo, levem em consideração os conhecimentos indígenas e o respeito à sua diversidade, onde a participação dos índios é fundamental na formulação das políticas e na execução das ações, pois as demandas, como bem sabem os índios, não são mais aquelas ditadas por suas culturas tradicionais e sim as decorrentes do seu relacionamento com a sociedade envolvente."
Por Gercilene Teixeira( Ambiente Brasil)
Gercilene Teixeira (gerci@cpap.embrapa.br) é pesquisadora da Embrapa Pantanal, Corumbá-MS, mestre em Antropologia Cultural.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Pesquisa realiza controle biorracional de pragas
Uso de compostos naturais em atividades agrícolas reduz impacto sobre meio ambiente
A aplicação de inseticidas pode resolver a incidência de doenças em uma determinada lavoura, mas traz uma série de efeitos colaterais indesejáveis. Eliminar o inseto transmissor pode afetar a reprodução de outras espécies vegetais que dependem dele para a polinização. Além disso, resquícios dos químicos empregados aderem à planta e podem contaminar a alimentação humana, bem como rios e outros corpos d'água. A preocupação com essas questões fez surgir o conceito de controle biorracional de pragas, uma maneira de controlar o desenvolvimento de insetos sem exterminá-los com o uso de produtos sintéticos e seus derivados, procurando minimizar os impactos ambientais.
No Brasil, oito unidades de pesquisa de cinco Estados uniram-se para formar o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Controle Biorracional de Insetos Pragas, com a proposta de desenvolver soluções de diversos problemas que atingem as plantações brasileiras.
A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), campus de Rio Claro, e a Universidade de São Paulo (USP), com seus campi de Ribeirão Preto e da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba, são as quatro unidades paulistas que integram o instituto e recebem apoio da Fapesp e do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) por meio da modalidade Temático-INCT. O instituto também é integrado pelas universidades federais do Paraná e de Sergipe e por duas unidades da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac): a Estação Experimental Sósthenes de Miranda, em São Sebastião do Passé (BA), e a Superintendência da Amazônia Oriental, em Belém (PA).
Uma das vantagens de utilizar compostos naturais no controle de pragas é retirar substâncias tóxicas dos processos ecológicos.
– A probabilidade de uma substância natural apresentar toxicidade a um inseto é pequena. Ela pode inibir o desenvolvimento de um determinado inseto, por exemplo, e isso poupa de produtos tóxicos o animal, o meio ambiente e o próprio ser humano, que consumirá alimentos vindos daquela planta – diz a coordenadora do INCT, Maria de Fátima das Graças Fernandes da Silva, professora do Departamento de Química da UFSCar.
Por serem mais familiares ao organismo, as substâncias naturais são metabolizadas mais facilmente, enquanto os produtos sintéticos podem acabar se acumulando. Isso ocorre porque os produtos de origem natural fazem parte de um processo de coevolução entre a planta e o inseto. No caso da aplicação de um inseticida sintético, a probabilidade dessa interação é bem menor.
As fontes de substâncias naturais não são somente as plantas, mas também fungos e bactérias, e o trabalho de pesquisa também envolve os mecanismos de interação entre insetos e plantas.
– É preciso entender por que o inseto vai até a planta, por que ele carrega a bactéria e por que essa bactéria se desenvolve bem no vegetal, provocando doença – explica a professora.
Uma abordagem como essa foi feita para entender a propagação da Xylella fastidiosa, bactéria causadora da clorose variegada de citros, popularmente conhecida como praga do amarelinho, e cujo vetor são pequenas cigarras da família Cicadellidae.
– Ao entender a interação química entre bactéria e planta, podemos desenvolver um metabólito que iniba a proliferação do patógeno no vegetal ou ainda buscar uma substância que controle a proliferação do inseto vetor – explicou Maria de Fátima.
O controle dos insetos é ambientalmente mais interessante do que a sua eliminação completa, de acordo com a pesquisadora, pois ele pode ser o vetor de uma doença para uma determinada planta e ao mesmo tempo o polinizador de outra. Portanto, eliminá-lo resultaria em perdas ambientais maiores na região em que o inseto desaparecesse.
Formigas famintas
Outro braço dessa pesquisa investiga a formiga-cortadeira (Atta sexdens rubropilosa), considerada praga de vários tipos de plantas. Para abordar o problema, a equipe da Unesp de Rio Claro estuda o comportamento social desses insetos e o grupo da UFSCar analisa os processos químicos envolvidos.
Uma das abordagens envolve um ataque indireto. Em vez de atingir as próprias formigas, uma substância desenvolvida no projeto elimina os fungos das quais elas se alimentam.
As formigas cortam as folhas das plantas e as levam para um compartimento do formigueiro. Nele, as folhas alimentam uma colônia de fungos que, por sua vez, alimenta toda a comunidade de insetos.
O produto desenvolvido na pesquisa pode ser aplicado sobre a planta ou sobre o solo e é absorvido pelo vegetal e se mistura à seiva, espalhando-se por toda a sua estrutura. O produto que fica nas folhas é recolhido pela formiga e, uma vez no formigueiro, inibe a proliferação do fungo.
Sem alimento suficiente, a colônia de insetos abandona a área deixando aquela plantação.
– Eliminar completamente a formiga não seria interessante, pois elas realizam funções importantes como a aeração do solo – explica Maria de Fátima.
A pesquisadora conta que foram desenvolvidos no âmbito do INCT dois produtos para combater a Xylella fastidiosa e um para o controle da formiga-cortadeira, que já despertaram o interesse de duas empresas. Os produtos deverão ser patenteados e comercializados.
Algumas dessas sustâncias são envolvidas em cápsulas de escala nanométrica. Esse encapsulamento imprime uma estabilidade muito maior ao princípio ativo, que dura mais e tem sua eficácia aumentada. Isso permite que ele seja aplicado em uma quantidade menor, gerando economia ao produtor agrícola.
Resistência dos produtores
O INCT de Controle Biorracional de Insetos Pragas também está colaborando com a eliminação de uma doença que atinge o mogno africano (Khaya ivorensis). Essa espécie fornecedora de madeira foi importada com o intuito de substituir o mogno brasileiro (Swietenia macrophylla), alvo da lagarta da mariposa Hypsipyla grandela.
Entretanto, embora resistente à mariposa, o mogno africano começou a ser alvo de um fungo que atinge o seu tronco e o deforma, inutilizando a parte comercialmente mais valiosa da planta. O trabalho conjunto com a Ceplac do Pará objetiva encontrar uma solução para o problema.
A pesquisa foca ainda em diversos tipos de lagartas que atacam lavouras. Estão em testes substâncias naturais que inibem o desenvolvimento de suas larvas ou que produzam insetos incapazes de atingir uma plantação.
Embora ambientalmente mais saudável, o controle biorracional de pragas enfrenta um grande obstáculo para sua aplicação: a resistência dos produtores rurais.
– Esse é o maior obstáculo, não apenas no Brasil, mas em diversos outros países. Muitos produtores consideram mais fácil a aplicação de inseticidas e a eliminação completa do inseto causador do problema, ainda que ele seja importante para outras plantas e culturas – lamenta a pesquisadora.
Fonte:Canal Rural
A aplicação de inseticidas pode resolver a incidência de doenças em uma determinada lavoura, mas traz uma série de efeitos colaterais indesejáveis. Eliminar o inseto transmissor pode afetar a reprodução de outras espécies vegetais que dependem dele para a polinização. Além disso, resquícios dos químicos empregados aderem à planta e podem contaminar a alimentação humana, bem como rios e outros corpos d'água. A preocupação com essas questões fez surgir o conceito de controle biorracional de pragas, uma maneira de controlar o desenvolvimento de insetos sem exterminá-los com o uso de produtos sintéticos e seus derivados, procurando minimizar os impactos ambientais.
No Brasil, oito unidades de pesquisa de cinco Estados uniram-se para formar o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Controle Biorracional de Insetos Pragas, com a proposta de desenvolver soluções de diversos problemas que atingem as plantações brasileiras.
A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), campus de Rio Claro, e a Universidade de São Paulo (USP), com seus campi de Ribeirão Preto e da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba, são as quatro unidades paulistas que integram o instituto e recebem apoio da Fapesp e do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) por meio da modalidade Temático-INCT. O instituto também é integrado pelas universidades federais do Paraná e de Sergipe e por duas unidades da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac): a Estação Experimental Sósthenes de Miranda, em São Sebastião do Passé (BA), e a Superintendência da Amazônia Oriental, em Belém (PA).
Uma das vantagens de utilizar compostos naturais no controle de pragas é retirar substâncias tóxicas dos processos ecológicos.
– A probabilidade de uma substância natural apresentar toxicidade a um inseto é pequena. Ela pode inibir o desenvolvimento de um determinado inseto, por exemplo, e isso poupa de produtos tóxicos o animal, o meio ambiente e o próprio ser humano, que consumirá alimentos vindos daquela planta – diz a coordenadora do INCT, Maria de Fátima das Graças Fernandes da Silva, professora do Departamento de Química da UFSCar.
Por serem mais familiares ao organismo, as substâncias naturais são metabolizadas mais facilmente, enquanto os produtos sintéticos podem acabar se acumulando. Isso ocorre porque os produtos de origem natural fazem parte de um processo de coevolução entre a planta e o inseto. No caso da aplicação de um inseticida sintético, a probabilidade dessa interação é bem menor.
As fontes de substâncias naturais não são somente as plantas, mas também fungos e bactérias, e o trabalho de pesquisa também envolve os mecanismos de interação entre insetos e plantas.
– É preciso entender por que o inseto vai até a planta, por que ele carrega a bactéria e por que essa bactéria se desenvolve bem no vegetal, provocando doença – explica a professora.
Uma abordagem como essa foi feita para entender a propagação da Xylella fastidiosa, bactéria causadora da clorose variegada de citros, popularmente conhecida como praga do amarelinho, e cujo vetor são pequenas cigarras da família Cicadellidae.
– Ao entender a interação química entre bactéria e planta, podemos desenvolver um metabólito que iniba a proliferação do patógeno no vegetal ou ainda buscar uma substância que controle a proliferação do inseto vetor – explicou Maria de Fátima.
O controle dos insetos é ambientalmente mais interessante do que a sua eliminação completa, de acordo com a pesquisadora, pois ele pode ser o vetor de uma doença para uma determinada planta e ao mesmo tempo o polinizador de outra. Portanto, eliminá-lo resultaria em perdas ambientais maiores na região em que o inseto desaparecesse.
Formigas famintas
Outro braço dessa pesquisa investiga a formiga-cortadeira (Atta sexdens rubropilosa), considerada praga de vários tipos de plantas. Para abordar o problema, a equipe da Unesp de Rio Claro estuda o comportamento social desses insetos e o grupo da UFSCar analisa os processos químicos envolvidos.
Uma das abordagens envolve um ataque indireto. Em vez de atingir as próprias formigas, uma substância desenvolvida no projeto elimina os fungos das quais elas se alimentam.
As formigas cortam as folhas das plantas e as levam para um compartimento do formigueiro. Nele, as folhas alimentam uma colônia de fungos que, por sua vez, alimenta toda a comunidade de insetos.
O produto desenvolvido na pesquisa pode ser aplicado sobre a planta ou sobre o solo e é absorvido pelo vegetal e se mistura à seiva, espalhando-se por toda a sua estrutura. O produto que fica nas folhas é recolhido pela formiga e, uma vez no formigueiro, inibe a proliferação do fungo.
Sem alimento suficiente, a colônia de insetos abandona a área deixando aquela plantação.
– Eliminar completamente a formiga não seria interessante, pois elas realizam funções importantes como a aeração do solo – explica Maria de Fátima.
A pesquisadora conta que foram desenvolvidos no âmbito do INCT dois produtos para combater a Xylella fastidiosa e um para o controle da formiga-cortadeira, que já despertaram o interesse de duas empresas. Os produtos deverão ser patenteados e comercializados.
Algumas dessas sustâncias são envolvidas em cápsulas de escala nanométrica. Esse encapsulamento imprime uma estabilidade muito maior ao princípio ativo, que dura mais e tem sua eficácia aumentada. Isso permite que ele seja aplicado em uma quantidade menor, gerando economia ao produtor agrícola.
Resistência dos produtores
O INCT de Controle Biorracional de Insetos Pragas também está colaborando com a eliminação de uma doença que atinge o mogno africano (Khaya ivorensis). Essa espécie fornecedora de madeira foi importada com o intuito de substituir o mogno brasileiro (Swietenia macrophylla), alvo da lagarta da mariposa Hypsipyla grandela.
Entretanto, embora resistente à mariposa, o mogno africano começou a ser alvo de um fungo que atinge o seu tronco e o deforma, inutilizando a parte comercialmente mais valiosa da planta. O trabalho conjunto com a Ceplac do Pará objetiva encontrar uma solução para o problema.
A pesquisa foca ainda em diversos tipos de lagartas que atacam lavouras. Estão em testes substâncias naturais que inibem o desenvolvimento de suas larvas ou que produzam insetos incapazes de atingir uma plantação.
Embora ambientalmente mais saudável, o controle biorracional de pragas enfrenta um grande obstáculo para sua aplicação: a resistência dos produtores rurais.
– Esse é o maior obstáculo, não apenas no Brasil, mas em diversos outros países. Muitos produtores consideram mais fácil a aplicação de inseticidas e a eliminação completa do inseto causador do problema, ainda que ele seja importante para outras plantas e culturas – lamenta a pesquisadora.
Fonte:Canal Rural
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Repassando Ecosurfi. Palestra : Surfe nas Ondas da Sustentabilidade
Cerca de 30 pessoas participaram da apresentação da Aliança dos Surfistas pelo Meio Ambiente / Movimento Surfe Sustentável na Baixada Santista - SP
A palestra “Surfe nas ondas da sustentabilidade” que faz parte da fase de mobilização do Movimento Surfe Sustentável, apresentou os quatro eixos de atuação da proposta durante a I Mostra de Surf, Arte e Meio Ambiente que acontece desde o último mês na Praia Grande.
O público teve a oportunidade de conhecer o formato e a metodologia de articulação do Movimento, que traz a tona o conceito das responsabilidades humanas dos surfistas pelo cuidado com a área costeira articulando a Aliança dos Surfistas pelo Meio Ambiente.
Entre os temas abordados para o subsidio de informações ao público, também foi apontado o panorama socioambiental que o litoral paulista se encontra. Comparações por meio de imagens e dados técnicos permitiu aos participantes a visualização da amplitude dos desafios e conflitos que a área costeira vai enfrentar com a intensificação das mudanças climáticas globais, sobretudo o litoral paulista.
Após as apresentações houve o sorteio de DVD’s e cartilhas cedidos pela campanha Oceanos do Greenpeace, que é um dos apoiadores do Movimento Surfe Sustentável.
A primeira fase de articulação Movimento conta com o apoio da Associação Ubatuba de Surf, Prefeitura Municipal de Ubatuba, Rede das Agendas 21 do Litoral Norte, Prefeitura de Ilha Comprida, SOS Mata Atlântica - Programa Costa Atlântica, Greenpeace – Campanha Oceanos, IBRASURF - Instituto Brasileiro de Desenvolvimento do Surf, Projeto Cine Surf, WWF – Brasil, I Mostra de Surf Arte e Meio Ambiente e o artista Erick Wilson.
São parceiros estratégicos do programa a Aliança por um mundo Responsável, Plural e Solidário e a Global Garbage.
Maiores informações sobre o Movimento acessem: www.surfsustentavel.org
A palestra “Surfe nas ondas da sustentabilidade” que faz parte da fase de mobilização do Movimento Surfe Sustentável, apresentou os quatro eixos de atuação da proposta durante a I Mostra de Surf, Arte e Meio Ambiente que acontece desde o último mês na Praia Grande.
O público teve a oportunidade de conhecer o formato e a metodologia de articulação do Movimento, que traz a tona o conceito das responsabilidades humanas dos surfistas pelo cuidado com a área costeira articulando a Aliança dos Surfistas pelo Meio Ambiente.
Entre os temas abordados para o subsidio de informações ao público, também foi apontado o panorama socioambiental que o litoral paulista se encontra. Comparações por meio de imagens e dados técnicos permitiu aos participantes a visualização da amplitude dos desafios e conflitos que a área costeira vai enfrentar com a intensificação das mudanças climáticas globais, sobretudo o litoral paulista.
Após as apresentações houve o sorteio de DVD’s e cartilhas cedidos pela campanha Oceanos do Greenpeace, que é um dos apoiadores do Movimento Surfe Sustentável.
A primeira fase de articulação Movimento conta com o apoio da Associação Ubatuba de Surf, Prefeitura Municipal de Ubatuba, Rede das Agendas 21 do Litoral Norte, Prefeitura de Ilha Comprida, SOS Mata Atlântica - Programa Costa Atlântica, Greenpeace – Campanha Oceanos, IBRASURF - Instituto Brasileiro de Desenvolvimento do Surf, Projeto Cine Surf, WWF – Brasil, I Mostra de Surf Arte e Meio Ambiente e o artista Erick Wilson.
São parceiros estratégicos do programa a Aliança por um mundo Responsável, Plural e Solidário e a Global Garbage.
Maiores informações sobre o Movimento acessem: www.surfsustentavel.org
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Marinha analisa se óleo nas praias tem origem de tanques de navios
A principal hipótese para as manchas de óleo que atingiram algumas praias de Cabo Frio e Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, é de que o material tenha vazado de tanques de navios que estiveram na região. A informação foi divulgada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) nesta segunda-feira (9).
Técnicos do Instituto Almirante Paulo Moreira, órgão de pesquisas da Marinha, recolheram o material e encaminharam para a análise. A expectativa dos peritos é que o laudo fique pronto em 20 dias.
As praias das Dunas e do Forte, em Cabo Frio, e Prainha, Pontal e Foguete, em Arraial do Cabo, um dos principais destinos turísticos do estado, foram algumas das contaminadas pelas pelotas de óleo. Segundo os agentes do Inea, não houve necessidade de colocar boias de contenção porque a maior quantidade de óleo está espalhada na areia das praias. Apesar dos transtornos, o Inea confirma que o óleo não chegou a Búzios, também na Região dos Lagos.
Marinha monitora tráfego de navios – O Inea recomenda aos banhistas que tiveram partes do corpo sujas pelo óleo que façam a limpeza com o óleo de cozinha e não com o solvente, já que a substância pode causar intoxicação.
A Marinha está desde o final de semana monitorando o tráfego marítimo dos últimos quatro dias dos navios que estiveram no Rio e nas áreas próximas às praias afetadas. O objetivo é coletar material dessas embarcações e comparar com o óleo encontrado nas areias. De acordo com o órgão, o infrator será notificado e autuado nos termos da Lei Federal Nº 9.966 de 28/04/2000, que pode aplicar multas de R$ 7 mil a R$ 50 milhões de acordo com as proporções do derramamento de óleo. (Fonte: G1)
Técnicos do Instituto Almirante Paulo Moreira, órgão de pesquisas da Marinha, recolheram o material e encaminharam para a análise. A expectativa dos peritos é que o laudo fique pronto em 20 dias.
As praias das Dunas e do Forte, em Cabo Frio, e Prainha, Pontal e Foguete, em Arraial do Cabo, um dos principais destinos turísticos do estado, foram algumas das contaminadas pelas pelotas de óleo. Segundo os agentes do Inea, não houve necessidade de colocar boias de contenção porque a maior quantidade de óleo está espalhada na areia das praias. Apesar dos transtornos, o Inea confirma que o óleo não chegou a Búzios, também na Região dos Lagos.
Marinha monitora tráfego de navios – O Inea recomenda aos banhistas que tiveram partes do corpo sujas pelo óleo que façam a limpeza com o óleo de cozinha e não com o solvente, já que a substância pode causar intoxicação.
A Marinha está desde o final de semana monitorando o tráfego marítimo dos últimos quatro dias dos navios que estiveram no Rio e nas áreas próximas às praias afetadas. O objetivo é coletar material dessas embarcações e comparar com o óleo encontrado nas areias. De acordo com o órgão, o infrator será notificado e autuado nos termos da Lei Federal Nº 9.966 de 28/04/2000, que pode aplicar multas de R$ 7 mil a R$ 50 milhões de acordo com as proporções do derramamento de óleo. (Fonte: G1)
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Mancha de óleo e algas atinge Região dos Lagos
Um vazamento de origem desconhecida atingiu o litoral fluminense nesse domingo. Pelo menos cinco praias da Região dos Lagos foram afetadas.
Na Prainha, em Arraial do Cabo, uma das mais famosas da Região dos Lagos, as placas de óleo se espalharam por toda a faixa de areia. De longe, a água parecia limpa, mas de perto era possível ver as pequenas placas que chegavam à areia.
De acordo com a Capitania dos Portos, a mancha que se espalhou pela região foi vista por imagens de satélite. Durante todo o domingo, equipes colheram amostras, que serão enviadas para análise. A partir desse material, deve ser identificado de onde o óleo vazou. De acordo com Alcebíades Terra, Coordenador de Meio Ambiente de Cabo Frio, a Petrobras é a responsável por fazer esse estudo.
De acordo com o corpo de bombeiros, a mancha se estendeu por, pelo menos, cinco praias da região. Em Cabo Frio, a praia do Peró foi afetada. Bem próximo ao óleo, cinco pinguins foram encontrados mortos pelos banhistas.
A Petrobras diz que não tem qualquer relação com a mancha de óleo. A assessoria da empresa informou que a Marinha pediu ajuda para conter o material, mas ainda não sabe de onde partiu o vazamento. A Capitania dos Portos recolheu amostras que serão enviadas para análise. O laudo deve ficar pronto em 20 dias e a multa pelo despejo pode chegar a R$ 50 milhões.
Fonte : Noticiario regional http://intertvonline.globo.com/rj/noticias.php?id=10229
Na Prainha, em Arraial do Cabo, uma das mais famosas da Região dos Lagos, as placas de óleo se espalharam por toda a faixa de areia. De longe, a água parecia limpa, mas de perto era possível ver as pequenas placas que chegavam à areia.
De acordo com a Capitania dos Portos, a mancha que se espalhou pela região foi vista por imagens de satélite. Durante todo o domingo, equipes colheram amostras, que serão enviadas para análise. A partir desse material, deve ser identificado de onde o óleo vazou. De acordo com Alcebíades Terra, Coordenador de Meio Ambiente de Cabo Frio, a Petrobras é a responsável por fazer esse estudo.
De acordo com o corpo de bombeiros, a mancha se estendeu por, pelo menos, cinco praias da região. Em Cabo Frio, a praia do Peró foi afetada. Bem próximo ao óleo, cinco pinguins foram encontrados mortos pelos banhistas.
A Petrobras diz que não tem qualquer relação com a mancha de óleo. A assessoria da empresa informou que a Marinha pediu ajuda para conter o material, mas ainda não sabe de onde partiu o vazamento. A Capitania dos Portos recolheu amostras que serão enviadas para análise. O laudo deve ficar pronto em 20 dias e a multa pelo despejo pode chegar a R$ 50 milhões.
Fonte : Noticiario regional http://intertvonline.globo.com/rj/noticias.php?id=10229
sábado, 7 de agosto de 2010
Geleira do tamanho de Manhattan se desprende da Groenlândia - Ciência - Notícia - VEJA.com
Projeto Ingá Sustentável dá força às ações socioambientais em Itu
( Publicado: Quarta-feira, 30 de junho de 2010 por Renan Pereira )
A meta é desenvolver campanhas que foquem a sustentabilidade.
“Desenvolver projetos socioambientais que foquem a sustentabilidade concretizando ideias e ideais, visando a possibilidade de expansão da experiência para outros locais do Brasil e do mundo”. Esse é o objetivo do Projeto Ingá Sustentável, campanha instalada na cidade de Itu por meio do “Núcleo de Educação, Pesquisa e Prática em Sustentabilidade”.
“Dispomos de uma área com aproximadamente dois hectares e identificamos a possibilidade de compartilhar práticas sustentáveis através de ferramentas e práticas da gestão de projetos. Definimos como base os conhecimentos existentes e disponíveis sobre permacultura e agrofloresta, permanecendo abertos para agregação de novas práticas e conhecimentos de outras entidades, profissionais e civilizações”, explica Gabriel Galvão Menezes, um dos coordenadores do projeto.
Uma das principais metas do Ingá Sustentável é planejar, projetar e construir uma propriedade rural integrada, sustentável e produtiva, compreendendo a produção orgânica e intensiva de alimentos; além da utilização e transformação de energias renováveis e a padronização de métodos para multiplicação em outras realidades. “Neste sentido nos tornaremos um espaço aberto para visitação, realização de cursos, palestras e eventos para qualquer grupo ou indivíduo interessado”, esclarece Menezes.
Para direcionar e validar tecnicamente o projeto, o comitê técnico conta com profissionais das áreas de agronomia, arquitetura, engenharia civil, gestão de projetos e pedagogia. Para isso, a campanha conta com uma série de instituições: Síntese Consultoria e Gestão de Negócios Ltda, Future Trends, Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CAD/Itu), Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI/SP), Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie e Defesa Civil do Município de São Paulo.
A partir da conclusão do Projeto Ingá Sustentável (prevista para novembro de 2010) o “Núcleo de Educação, Pesquisa e Prática em Sustentabilidade” dará início às suas atividades que, dentre outras, terá como características a função de ser um espaço educativo multi e interdisciplinar, demonstrando diferentes técnicas e tecnologias em diferentes níveis, tais como:
> Disposição inteligente dos elementos dentro de uma área;
> Habitação sustentável e ecológica;
> Aproveitamento da luz solar;
> Captação e armazenamento de água da chuva;
> Separação de resíduos;
> Compostagem de resíduos orgânicos;
> Policultivo agrícola intensivo;
> Horta mandala;
> Plantas medicinais e aromáticas;
> Cultivo em terraças;
> Uso racional da água;
> Energias renováveis;
> Método para reaplicação.
Fonte: Portal Itu.com.br
A meta é desenvolver campanhas que foquem a sustentabilidade.
“Desenvolver projetos socioambientais que foquem a sustentabilidade concretizando ideias e ideais, visando a possibilidade de expansão da experiência para outros locais do Brasil e do mundo”. Esse é o objetivo do Projeto Ingá Sustentável, campanha instalada na cidade de Itu por meio do “Núcleo de Educação, Pesquisa e Prática em Sustentabilidade”.
“Dispomos de uma área com aproximadamente dois hectares e identificamos a possibilidade de compartilhar práticas sustentáveis através de ferramentas e práticas da gestão de projetos. Definimos como base os conhecimentos existentes e disponíveis sobre permacultura e agrofloresta, permanecendo abertos para agregação de novas práticas e conhecimentos de outras entidades, profissionais e civilizações”, explica Gabriel Galvão Menezes, um dos coordenadores do projeto.
Uma das principais metas do Ingá Sustentável é planejar, projetar e construir uma propriedade rural integrada, sustentável e produtiva, compreendendo a produção orgânica e intensiva de alimentos; além da utilização e transformação de energias renováveis e a padronização de métodos para multiplicação em outras realidades. “Neste sentido nos tornaremos um espaço aberto para visitação, realização de cursos, palestras e eventos para qualquer grupo ou indivíduo interessado”, esclarece Menezes.
Para direcionar e validar tecnicamente o projeto, o comitê técnico conta com profissionais das áreas de agronomia, arquitetura, engenharia civil, gestão de projetos e pedagogia. Para isso, a campanha conta com uma série de instituições: Síntese Consultoria e Gestão de Negócios Ltda, Future Trends, Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CAD/Itu), Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI/SP), Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie e Defesa Civil do Município de São Paulo.
A partir da conclusão do Projeto Ingá Sustentável (prevista para novembro de 2010) o “Núcleo de Educação, Pesquisa e Prática em Sustentabilidade” dará início às suas atividades que, dentre outras, terá como características a função de ser um espaço educativo multi e interdisciplinar, demonstrando diferentes técnicas e tecnologias em diferentes níveis, tais como:
> Disposição inteligente dos elementos dentro de uma área;
> Habitação sustentável e ecológica;
> Aproveitamento da luz solar;
> Captação e armazenamento de água da chuva;
> Separação de resíduos;
> Compostagem de resíduos orgânicos;
> Policultivo agrícola intensivo;
> Horta mandala;
> Plantas medicinais e aromáticas;
> Cultivo em terraças;
> Uso racional da água;
> Energias renováveis;
> Método para reaplicação.
Fonte: Portal Itu.com.br
Atum azul sob ameaça na Europa
Um olhar para o passado tenta salvar o atum azul (Thunnus Thynnus) de desaparecer das águas que banham o continente europeu. Este peixe é uma espécie importante para o comércio na região e sua atividade pesqueira existe há pelo menos 100 anos. Um estudo History of Marine Animal Populations, de 2007, apontou que lá no norte da Europa a abundância do atum era enorme no início do século XX. E ainda na primeira metade do século, entre as décadas de 30 e 40, o comércio pesqueiro desta espécie passou a se industrializar, e aumento sensivelmente sua produção. A conclusão é triste. Já nos anos 70 era raro encontrar o atum azul nas águas do norte europeu. O alerta foi dado e os cientistas esperam que com esta medida possam gerar esforços futuros para que além do atum azul, outras espécies de peixes tenham a conservação que merecem para continuarem a nadar em seus habitats, sem o perigo da extinção. ( Créditos: www.coml.org/divulgação )
Como salvar o atum-azul
O atum-azul é um peixe magnífico. Pode chegar a 4 metros de comprimento, pesar 700 quilos, nadar à velocidade de 70 quilômetros por hora e viver quarenta anos. Sua carne vermelha, macia e saborosa, fez dele o pescado mais apreciado da culinária japonesa. A dúvida é se o atum-azul sobreviverá à globalização do sushi e do sashimi. Estima-se que a pesca predatória tenha reduzido o estoque desse peixe a somente 10% do existente há cinco décadas. Nesse ritmo, segundo alguns cálculos, o atum-azul pode estar extinto em apenas cinco anos. É quase certo que, quando for atualizada em março, a Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção inclua o atum-azul na lista das espécies ameaçadas. O efeito prático dessa medida, que tem o apoio dos Estados Unidos e da União Europeia, seria a imposição de uma moratória de dois anos na pesca. Nada disso garante a sobrevivência do atum-azul.
Entre a captura e a venda, o comércio de atum-azul movimenta um volume impressionante de 1 bilhão de dólares por ano. Só existe uma forma reconhecida de preservar uma espécie marítima e, ao mesmo tempo, manter o mercado abastecido: sua criação em cativeiro. Foi o que salvou o salmão. Hoje, dois terços do consumo mundial saem de fazendas aquáticas, reduzindo a pressão sobre o estoque de salmão na natureza. O que impediu até agora que o mesmo fosse feito com o atum-azul foi seu comportamento, muito mais complexo que o de outras espécies criadas em fazendas. Para começar, ele vive em migração permanente. Ao contrário da maioria dos peixes, o atum-azul precisa nadar constantemente (inclusive quando está dormindo) para respirar pelas guelras. Estima-se que cada cardume viaje 10 000 quilômetros por ano. O peixe também é exigente com a alimentação. Não aceita ração e só come alimentos vivos, como sardinha, e em grande quantidade. São 20 quilos de peixes menores para cada quilo de seu próprio peso. Em comparação, o salmão come um décimo dessa proporção.
Já existem fazendas de engorda desses peixes capturados bem jovens. Mas só em 2009, finalmente, depois de quatro décadas de pesquisas, surgiu uma técnica promissora para reproduzir o atum-azul em fazendas. Com a ajuda de cientistas japoneses da Universidade Kinki, o principal centro de pesquisas do atum-azul, a empresa australiana Cleanseas montou tanques que conseguem simular, com motores e luzes, as condições de vida de cada faixa etária do peixe. "Na época em que a espécie vai para os trópicos, a temperatura da água aumenta e o sol nasce mais cedo. A velocidade da corrente marítima também muda conforme a latitude", disse a VEJA Hagen Stehr, CEO da Cleanseas. A técnica para induzir peixes adultos a se reproduzir por meio de tratamento hormonal também foi desenvolvida pelos japoneses de Kinki. O primeiro resultado experimental, obtido em março, foi um sucesso: recolheram-se 50 milhões de ovos. Se cada um deles resultasse em um peixe adulto, haveria o suficiente para suprir a demanda mundial por onze anos. A segunda desova está prevista para janeiro. Desta vez, os alevinos serão criados nos tanques com simulação de uma migração. Quando estiverem próximos à fase adulta, eles serão levados para tanques-rede nos oceanos até a hora do abate. A expectativa da empresa é já dispor de 250 000 peixes em 2015 – volume equivalente a toda a produção da Austrália no ano passado.
Se der certo, pode ser a salvação desse animal, cujas rotas de migração no Mar Mediterrâneo (seu principal habitat) e nos oceanos Pacífico e Atlântico são bem conhecidas pelos pescadores. Como os cardumes são localizados com a ajuda de satélites, aviões e aparelhos de sonar, o atum-azul não tem chance de escapar de seus predadores humanos. De cada 10 quilos pescados, 8 vão para o Japão. "O peixe tem uma consistência amanteigada e um sabor incomparável", elogia Shigeru Hiranu, dono de um restaurante em São Paulo. Um peixe relativamente pequeno, de 40 quilos, vale 4 000 dólares no leilão realizado diariamente em Tóquio. Em 2001, um atum-azul de 200 quilos foi vendido por 220 000 dólares, o maior valor já pago por um peixe. No Brasil, contam-se nos dedos os restaurantes com a iguaria no cardápio. Aqui, são utilizadas outras quatro espécies de atum: albacora-bandolim, atum-branco, atum-amarelo e albacorinha. Por não viverem em águas frias como o atum-azul, essas espécies não têm o alto teor de gordura que dá sabor ao peixe. A prova mais clara dessa diferença é o preço: o atum-branco, mais comum no Brasil, custa menos de 10 reais o quilo. ( http://planetasustentavel.abril.com.br )
Fontes imagens : Greenpeace e http://sheric.ru/fish/t.html
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
“Surfe nas Ondas da Sustentabilidade”( Via Ecosurfi )
Saudações a todos (as),
Segue o informe sobre a palestra que realizaremos nesse sábado.
Contamos com a presença de todos e todas !!!
Aloha
>>> Praia Grande / SP recebe no próximo sábado (07) palestra sobre o movimento que está encorajando parcerias para criação da Aliança dos Surfistas pelo Meio Ambiente
Dentro da programação oficial da I Mostra de Surf Arte e Meio Ambiente que está acontecendo desde o último dia 23 de julho no Palácio das Artes em Praia Grande, a Ecosurfi vai realizar mais uma palestra que faz parte da etapa de mobilização do Movimento Surfe Sustentável, que a organização vem articulando no litoral paulista desde o ano passado.
O tema da apresentação vai debater a perspectiva do “Surfe nas Ondas da Sustentabilidade”, e abordará os quatro eixos de atuação do movimento: Protagonismo dos surfistas, surfe e gestão costeira, cultura surfe e consumo, surfe, juventude e meio ambiente.
Local: Palácio das Artes
Horário: das 16h ás 17:30hs
Cidade: Praia Grande/SP
End.: Avenida Costa e Silva, 1.600 (em frente à Rotatória A Tribuna)
A participação na palestra é gratuita.
Para saber mais entre em contato:
Ecosurfi: (13) 3426 8138 / 9751 0332 / 8134 2742 ou pelo e-mail: surfsustentavel@ecosurfi.org
A primeira fase do movimento Surf Sustentável conta com o apoio: Associação Ubatuba de Surf, Prefeitura Municipal de Ubatuba, Rede das Agendas 21 do Litoral Norte, Prefeitura de Ilha Comprida, SOS Mata Atlântica - Programa Costa Atlântica, Greenpeace – Campanha Oceanos, IBRASURF - Instituto Brasileiro de Desenvolvimento do Surf, Projeto Cine Surf, WWF - Brasil e I Mostra de Surf Arte e Meio Ambiente.
São parceiros estratégicos do programa a Aliança por um mundo Responsável, Plural e Solidário e a Global Garbage.
Maiores informações: www.ecosurfi.org – www.surfsustentavel.org
Segue o informe sobre a palestra que realizaremos nesse sábado.
Contamos com a presença de todos e todas !!!
Aloha
>>> Praia Grande / SP recebe no próximo sábado (07) palestra sobre o movimento que está encorajando parcerias para criação da Aliança dos Surfistas pelo Meio Ambiente
Dentro da programação oficial da I Mostra de Surf Arte e Meio Ambiente que está acontecendo desde o último dia 23 de julho no Palácio das Artes em Praia Grande, a Ecosurfi vai realizar mais uma palestra que faz parte da etapa de mobilização do Movimento Surfe Sustentável, que a organização vem articulando no litoral paulista desde o ano passado.
O tema da apresentação vai debater a perspectiva do “Surfe nas Ondas da Sustentabilidade”, e abordará os quatro eixos de atuação do movimento: Protagonismo dos surfistas, surfe e gestão costeira, cultura surfe e consumo, surfe, juventude e meio ambiente.
Local: Palácio das Artes
Horário: das 16h ás 17:30hs
Cidade: Praia Grande/SP
End.: Avenida Costa e Silva, 1.600 (em frente à Rotatória A Tribuna)
A participação na palestra é gratuita.
Para saber mais entre em contato:
Ecosurfi: (13) 3426 8138 / 9751 0332 / 8134 2742 ou pelo e-mail: surfsustentavel@ecosurfi.org
A primeira fase do movimento Surf Sustentável conta com o apoio: Associação Ubatuba de Surf, Prefeitura Municipal de Ubatuba, Rede das Agendas 21 do Litoral Norte, Prefeitura de Ilha Comprida, SOS Mata Atlântica - Programa Costa Atlântica, Greenpeace – Campanha Oceanos, IBRASURF - Instituto Brasileiro de Desenvolvimento do Surf, Projeto Cine Surf, WWF - Brasil e I Mostra de Surf Arte e Meio Ambiente.
São parceiros estratégicos do programa a Aliança por um mundo Responsável, Plural e Solidário e a Global Garbage.
Maiores informações: www.ecosurfi.org – www.surfsustentavel.org
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Sistema vai monitorar qualidade da água dos principais rios do Brasil
Conama definirá logística reversa de embalagens de óleo automotivo ainda em 2010
O Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) anunciou que concluirá até o final de 2010 a resolução que trata do gerenciamento das embalagens usadas de óleos lubrificantes de veículos, definindo normas e metas para a reutilização desses produtos.
A minuta da resolução será submetida à apreciação da Câmara Técnica de Saúde, Saneamento Ambiental e Gestão de Resíduos e pela Câmara Técnica de Assuntos Jurídicos, e em seguida ao plenário do Conama.
A preocupação dos conselheiros é checar a adequação do trabalho já realizado à nova política que deverá ser sancionada pelo presidente nos próximos dias.
"Neste momento em que aguardamos a sanção da Política Nacional de Resíduos Sólidos, neste ano em que o Conama completa sua centésima reunião ordinária e neste momento em que o Brasil apresenta índice de crescimento semelhante à China, essa resolução que está em debate é muito representativa", disse o diretor do Conama, Nilo Diniz. "Desenvolvimento significa riqueza, inclusão social, mas também significa lixo", completou.
A apreciação pelas Câmaras Técnicas pode demandar mais tempo do que o Conama espera, porém o grupo acredita que a resolução seja aprovada ainda em 2010.
Segundo Diniz, a capacidade técnica dos representantes da indústria no conselho evidencia que o setor está cada dia mais responsável pelo destino de seus produtos.
"Esse é um novo mercado", afirmou o coordenador do GT, Ricardo Lopes Garcia, especialista em Resíduos Sólidos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.
"Tem interesses econômicos, de preservação ambiental e de gerenciamento desses resíduos, que no Brasil não tem controle. E essa resolução vai servir de modelo para outras embalagens", continuou.
Para o representante Fiesp no Conama, a expectativa da indústria é que se atinja o máximo de reciclagem, apesar do percentual de reaproveitamento depender da resolução que está em discussão.
"[A resolução] obrigará todos os entes da cadeia produtiva a trabalharem em conjunto, fazendo um acordo para gerenciar esse material", afirmou o representante das indústrias, considerando que o texto está adequado à Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Fonte: Revista Sustentabilidade
A minuta da resolução será submetida à apreciação da Câmara Técnica de Saúde, Saneamento Ambiental e Gestão de Resíduos e pela Câmara Técnica de Assuntos Jurídicos, e em seguida ao plenário do Conama.
A preocupação dos conselheiros é checar a adequação do trabalho já realizado à nova política que deverá ser sancionada pelo presidente nos próximos dias.
"Neste momento em que aguardamos a sanção da Política Nacional de Resíduos Sólidos, neste ano em que o Conama completa sua centésima reunião ordinária e neste momento em que o Brasil apresenta índice de crescimento semelhante à China, essa resolução que está em debate é muito representativa", disse o diretor do Conama, Nilo Diniz. "Desenvolvimento significa riqueza, inclusão social, mas também significa lixo", completou.
A apreciação pelas Câmaras Técnicas pode demandar mais tempo do que o Conama espera, porém o grupo acredita que a resolução seja aprovada ainda em 2010.
Segundo Diniz, a capacidade técnica dos representantes da indústria no conselho evidencia que o setor está cada dia mais responsável pelo destino de seus produtos.
"Esse é um novo mercado", afirmou o coordenador do GT, Ricardo Lopes Garcia, especialista em Resíduos Sólidos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.
"Tem interesses econômicos, de preservação ambiental e de gerenciamento desses resíduos, que no Brasil não tem controle. E essa resolução vai servir de modelo para outras embalagens", continuou.
Para o representante Fiesp no Conama, a expectativa da indústria é que se atinja o máximo de reciclagem, apesar do percentual de reaproveitamento depender da resolução que está em discussão.
"[A resolução] obrigará todos os entes da cadeia produtiva a trabalharem em conjunto, fazendo um acordo para gerenciar esse material", afirmou o representante das indústrias, considerando que o texto está adequado à Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Fonte: Revista Sustentabilidade
Florestas Saqueadas - Autor: Paulo Roberto Moraes
A quest�o ambiental vem ganhando import�ncia no mundo inteiro, n�o somente pela preocupa��o com a qualidade da vida humana como tamb�m pelas potencialidades econ�micas dos recursos naturais de cada pa�s.
Nos �ltimos anos, com os avan�os da engenharia gen�tica e da biotecnologia, o pre�o da vida silvestre tornou-se incalcul�vel para as grandes corpora��es multinacionais, que buscam em determinados ambientes as matrizes para muitos de seus produtos, as quais, depois de alteradas geneticamente, s�o comercializadas por valores elevad�ssimos.
Entre essas regi�es, as florestas tropicais assumem especial relev�ncia na medida em que cont�m a maior biodiversidade do planeta e possuem muitas �reas quase desconhecidas. Nesse quadro, nosso pa�s ganha destaque especial, principalmente por abrigar a impressionante Floresta Amaz�nica. O n�mero inigual�vel de esp�cies de plantas, peixes, anf�bios, p�ssaros, primatas e insetos, muitos deles ainda n�o descritos nem estudados pela ci�ncia, inclui o Brasil num seleto grupo de pa�ses not�rios por sua megadiversidade biol�gica. Detentor de 23% da biodiversidade do planeta, de acordo com c�lculos do Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea), o Brasil conta com um patrim�nio gen�tico estimado em 2 trilh�es de d�lares.
Em raz�o dessa imensa riqueza, nosso pa�s e outras na��es privilegiadas em biodiversidade passaram a ser alvo da a��o da biopirataria, praticada principalmente por grandes conglomerados transnacionais. Eles levam, sem autoriza��o, elementos da fauna e da flora nativas para o estrangeiro, com fins industriais ou medicinais, sem nenhum pagamento ao pa�s produtor ou � popula��o local, que muitas vezes j� conhece as propriedades curativas de esp�cies subtra�das. Assim, usado pela primeira vez em 1993, o termo biopirataria � mais do que contrabando. � a apropria��o e monopoliza��o de conhecimentos mais tarde patenteados em �mbito internacional, sem que as comunidades locais tenham direito � participa��o financeira com essa explora��o.
Riquezas roubadas
A lista dos pa�ses alvo da biopirataria � grande. Madag�scar, Qu�nia, Senegal, Camar�es, �frica do Sul, Zaire, Brasil, Guiana, Peru, Argentina, Venezuela, Paraguai, Bol�via, Col�mbia, R�ssia, Tanz�nia, Indon�sia, �ndia, Vietn�, Mal�sia e China.Calcula-se que esse com�rcio ilegal movimente cerca de 10 bilh�es de d�lares por ano. O Brasil responde por 10% desse tr�fico, que inclui animais e sementes. Segundo o Parlamento Latino-Americano, mais de 100 empresas fazem bioprospec��o ou biopirataria no Brasil.
Calcula-se que cerca de 40% dos rem�dios sejam oriundos de fontes naturais, sendo 30% de origem vegetal e 10% de origem animal e microorganismos.
Grande parte do princ�pio ativo dos hipertensivos (medicamentos prescritos contra press�o alta) � retirada do veneno de serpentes brasileiras, como, por exemplo, a jararaca.
O Brasil possui um imenso potencial gen�tico a ser explorado. Estimase que seu patrim�nio vegetal represente cerca de 16,5 bilh�es de genes. Sendo t�o rico em subst�ncias biologicamente ativas, tornou-se, comprovadamente, alvo de biopiratas. As den�ncias de casos de pirataria gen�tica s�o freq�entes. Elas envolvem institui��es oficiais de ensino e pesquisa, cientistas e laborat�rios estrangeiros que saem daqui levando riquezas biol�gicas, para posteriormente registrar patentes e gozar de vantagens econ�micas obtidas � custa de produtos gerados com nossas plantas e animais.
Cerca de 70% da biopirataria praticada no Brasil � feita por institui��es filantr�picas, que entram em nosso territ�rio alegando a inten��o de promover o atendimento a popula��es carentes e remetem clandestinamente material gen�tico, in natura e em grandes quantidades, principalmente para Estados Unidos, Inglaterra, Fran�a, Alemanha, Su��a e Jap�o. O restante da retirada irregular � praticado por institui��es cient�ficas legalmente instaladas. Apesar de o volume exportado ser menor, o dano por elas causado � maior, pois a alta tecnologia que aplicam nas pesquisas realizadas aqui mesmo permite o envio, para suas sedes, de material j� sintetizado.
Retirar material biol�gico clandestinamente de um pa�s n�o exige muita criatividade. Existem diversas maneiras de esconder fragmentos de tecidos, culturas de microorganismos ou min�sculas sementes sem a necessidade de grandes aparatos.
Mas geralmente a a��o mais flagrada � o tr�fico de animais silvestres.
Na Eco-92, a Conven��o da Biodiversidade deu origem ao documento Estrat�gia Global para a Biodiversidade. O combate � biopirataria prev� o pagamento de royalties pelas empresas que fizerem pesquisas ou explorarem a fauna e/ou a flora num pa�s estrangeiro e a transfer�ncia de tecnologia e informa��es para o pa�s detentor da �mat�ria-prima� biol�gica. Esses dois pontos v�o contra os interesses dos grandes conglomerados farmac�uticos, que se op�em � assinatura de qualquer acordo ou tratado nesses termos. Os pa�ses ricos, liderados pelos EUA, alegam que os seus gastos com pesquisas nem sempre se transformam em produtos rent�veis. Em outras palavras, afirmam que investem muito na procura de novas subst�ncias e que apenas uma ou outra resulta em fonte de lucro.
Proteger legalmente o patrim�nio biol�gico em pa�ses pobres � uma batalha sem fim. Carentes de tecnologia, mas detentores de cobi�ada fauna e flora, como essas na��es podem pressionar as megacorpora��es de pa�ses ricos e desenvolvidos?
Mais um motivo para que o uso sustent�vel da biodiversidade seja uma das maiores preocupa��es da sociedade moderna, que, adquirindo maior consci�ncia da import�ncia estrat�gica da preserva��o da biodiversidade, deve exigir dos governos posturas coerentes para a prote��o ambiental e para a explora��o dessa riqueza.
Paulo Roberto Moraes � doutorando em Geografia F�sica pela USP. Professor da Pontif�cia Universidade Cat�lica de S�o Paulo, do curso Anglo Vestibulares e autor de livros did�ticos e paradid�ticos.
Parque americano e floresta de Madagáscar entram em lista de ameaçados
Um comitê das Nações Unidas adicionou à sua lista de patrimônios ameaçados o Parque Nacional Everglades, na Flórida (EUA), e a floresta tropical de Madagáscar.
O Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) informou que o desenvolvimento agrícola e urbano na região dos Everglades levou a uma queda de 60% no fluxo de água naquela região pantanosa, importante santuário de vida selvagem. Segundo o comitê, a poluição no parque nacional está tão alta que já está matando a vida marinha.
É a segunda vez que o Everglades, lar de 20 espécies ameaçadas, foi adicionado à lista. Os pântanos foram considerados “em risco” pela primeira entre 1993 e 2007 após serem devastados pelo furacão Andrew.
“Elogiamos o pedido dos EUA para reinscrever o sítio na lista e seus planos para uma grande mudança na infraestrutura a fim de restaurar o frágil ecossistema dos pântanos”, disse Mariam Kenza Ali, da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza).
Em um encontro no Brasil, o painel da Unesco informou que o parque Everglades foi incluído na Lista do Patrimônio Mundial em Perigo a pedido do governo dos EUA devido a “uma séria e contínua degradação de seu ecossistema aquático”.
As florestas de Madagáscar, por outro lado, sofrem com desmatamento e caça ilegais. O problema aumentou após o golpe militar no país no ano passado.
As florestas de Atsinanana, que ficam dentro de seis parques nacional no leste da ilha, foram incluídos na lista por causa da ameaça às raras espécies que habitam a região, especialmente primatas e lêmures.
“Ao adicionar o local à lista de sítios ameaçados, estamos pedindo uma ação internacional para suspender a atividade madeireira ilegal e para assegurar que nenhuma madeira preciosa de Madagáscar entre nos mercados nacionais”, disse Tim Badman, chefe de Patrimônio Mundial da IUCN.
No encontro da Comitê do Patrimônio Mundial houve também sítios retirados da lista. As Ilhas Galápagos foram removidas na quinta-feira. Segundo o comitê, o Equador mostrou progresso na proteção do ecossistema do arquipélago. (Fonte: Folha.com ; imagem: flickr.com)
Mesmo verde na seca, Amazônia sofre com mudança de clima
Pesquisadores do Brasil e dos EUA acabam de confirmar que a Amazônia ficou mais verde durante a seca recorde de 2005. Mas isso não quer dizer que a floresta seja mais resistente às estiagens do que se imaginava: mesmo com o esverdeamento, a morte generalizada de árvores pode ocorrer.
O novo estudo, publicado nesta segunda-feira no periódico "PNAS", tenta resolver uma aparente contradição: pesquisas anteriores que avaliaram como a maior floresta tropical do mundo suportaria as secas mais frequentes -- resultado previsto das mudanças climáticas -- tinham conclusões opostas.
Em 2007, uma análise de imagens de satélite publicada na revista "Science" por um grupo americano mostrou, para espanto geral, que a Amazônia ficara mais verde após a seca. A explicação dos cientistas foi que a estiagem aumentava a quantidade de luz solar disponível para a fotossíntese. Isso seria uma boa notícia: a floresta, afinal, teria mecanismos para se proteger do aquecimento global.
No ano passado, outro grupo americano afirmou que, ao contrário, a floresta deixara de sequestrar 1 bilhão de toneladas de carbono por causa da mortandade de árvores induzida pelo desastre natural de 2005. Esse estudo batia com previsões de que o aquecimento global induziria um colapso da Amazônia, com a consequente emissão de grandes quantidades de CO2 para a atmosfera.
TIRA TEIMA
No novo estudo, o biólogo Paulo Brando, do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e da Universidade da Flórida, analisou imagens de satélite e dados meteorológicos de 280 pontos em toda a Amazônia para tirar a teima.
Ele e seus colegas descobriram que, sim, o esverdeamento aconteceu. Mas, não, o aumento na quantidade de radiação solar provavelmente não tinha nada a ver com isso.
Segundo Brando, o que explica melhor o esverdeamento amazônico é a produção de folhas novas pelas árvores, curiosamente induzida pela seca. "Ela causou uma sincronização do aparecimento de folhas novas", disse o pesquisador à Folha.
Por outro lado, medições feitas no campo do carbono efetivamente sequestrado pelas plantas (ou seja, o que elas fixam pela fotossíntese menos o que perdem pela respiração) mostraram de fato uma queda, devido ao aumento na mortalidade de árvores e na taxa de respiração devido às temperaturas mais altas.
"Você pode ter vários mecanismos operando ao mesmo tempo", afirmou Brando. "Nossa contribuição é mostrar que não se pode tirar nenhuma conclusão forte sobre a Amazônia usando só imagens de satélite."
Fonte: Folha.com
O novo estudo, publicado nesta segunda-feira no periódico "PNAS", tenta resolver uma aparente contradição: pesquisas anteriores que avaliaram como a maior floresta tropical do mundo suportaria as secas mais frequentes -- resultado previsto das mudanças climáticas -- tinham conclusões opostas.
Em 2007, uma análise de imagens de satélite publicada na revista "Science" por um grupo americano mostrou, para espanto geral, que a Amazônia ficara mais verde após a seca. A explicação dos cientistas foi que a estiagem aumentava a quantidade de luz solar disponível para a fotossíntese. Isso seria uma boa notícia: a floresta, afinal, teria mecanismos para se proteger do aquecimento global.
No ano passado, outro grupo americano afirmou que, ao contrário, a floresta deixara de sequestrar 1 bilhão de toneladas de carbono por causa da mortandade de árvores induzida pelo desastre natural de 2005. Esse estudo batia com previsões de que o aquecimento global induziria um colapso da Amazônia, com a consequente emissão de grandes quantidades de CO2 para a atmosfera.
TIRA TEIMA
No novo estudo, o biólogo Paulo Brando, do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e da Universidade da Flórida, analisou imagens de satélite e dados meteorológicos de 280 pontos em toda a Amazônia para tirar a teima.
Ele e seus colegas descobriram que, sim, o esverdeamento aconteceu. Mas, não, o aumento na quantidade de radiação solar provavelmente não tinha nada a ver com isso.
Segundo Brando, o que explica melhor o esverdeamento amazônico é a produção de folhas novas pelas árvores, curiosamente induzida pela seca. "Ela causou uma sincronização do aparecimento de folhas novas", disse o pesquisador à Folha.
Por outro lado, medições feitas no campo do carbono efetivamente sequestrado pelas plantas (ou seja, o que elas fixam pela fotossíntese menos o que perdem pela respiração) mostraram de fato uma queda, devido ao aumento na mortalidade de árvores e na taxa de respiração devido às temperaturas mais altas.
"Você pode ter vários mecanismos operando ao mesmo tempo", afirmou Brando. "Nossa contribuição é mostrar que não se pode tirar nenhuma conclusão forte sobre a Amazônia usando só imagens de satélite."
Fonte: Folha.com
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Três vezes clima
UMA: reproduzo abaixo os três primeiros parágrafos de comunicado da Agência Fapesp que você pode continuar lendo aqui:
O primeiro quadrimestre de 2010 foi o mais quente já registrado, de acordo com dados de satélite da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), dos Estados Unidos.
No Brasil, a situação não foi diferente. Entre 1980 e 2005, as temperaturas máximas medidas no Estado de Pernambuco, por exemplo, subiram 3ºC. Modelos climáticos apontam que, nesse ritmo, o número de dias ininterruptos de estiagem irá aumentar e envolver uma faixa que vai do norte do Nordeste do país até o Amapá, na região Amazônica.
Os dados foram apresentados pelo pesquisador Paulo Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), durante a 62ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) que começou no domingo (25) e vai até a sexta-feira (30), em Natal, no campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
DUAS: Se você lê inglês e não é daqueles que acreditam na possibilidade de uma vasta conspiração do governo dos EUA para impedir o desenvolvimento de países como o Brasil, dê uma olhada nesta página da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (Noaa) dos EUA. É um bom resumo das MEDIDAS e OBSERVAÇÕES que indicam a ocorrência de uma mudança do clima como consequência da atividade humana.
Reproduzo a seguir o gráfico segundo o qual não parece possível explicar o aumento da temperatura só com base no ciclo de variação da energia solar, um dos "argumentos" preferidos dos negacionistas (malconhecidos como "céticos").
TRÊS: O Estadão está hospedando uma página chamada Isso não é normal que resulta de um projeto com apoio financeiro do Departamento para o Desenvolvimento Internacional (DFID) do governo britânico e apoio do Programa de Comunicação em Mudanças Climáticas da Embaixada Britânica no Brasil. Vale a pena conferir.
(Escrito por Marcelo Leite/:http://cienciaemdia.folha.blog.uol.com.br )
O primeiro quadrimestre de 2010 foi o mais quente já registrado, de acordo com dados de satélite da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), dos Estados Unidos.
No Brasil, a situação não foi diferente. Entre 1980 e 2005, as temperaturas máximas medidas no Estado de Pernambuco, por exemplo, subiram 3ºC. Modelos climáticos apontam que, nesse ritmo, o número de dias ininterruptos de estiagem irá aumentar e envolver uma faixa que vai do norte do Nordeste do país até o Amapá, na região Amazônica.
Os dados foram apresentados pelo pesquisador Paulo Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), durante a 62ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) que começou no domingo (25) e vai até a sexta-feira (30), em Natal, no campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
DUAS: Se você lê inglês e não é daqueles que acreditam na possibilidade de uma vasta conspiração do governo dos EUA para impedir o desenvolvimento de países como o Brasil, dê uma olhada nesta página da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (Noaa) dos EUA. É um bom resumo das MEDIDAS e OBSERVAÇÕES que indicam a ocorrência de uma mudança do clima como consequência da atividade humana.
Reproduzo a seguir o gráfico segundo o qual não parece possível explicar o aumento da temperatura só com base no ciclo de variação da energia solar, um dos "argumentos" preferidos dos negacionistas (malconhecidos como "céticos").
TRÊS: O Estadão está hospedando uma página chamada Isso não é normal que resulta de um projeto com apoio financeiro do Departamento para o Desenvolvimento Internacional (DFID) do governo britânico e apoio do Programa de Comunicação em Mudanças Climáticas da Embaixada Britânica no Brasil. Vale a pena conferir.
(Escrito por Marcelo Leite/:http://cienciaemdia.folha.blog.uol.com.br )
terça-feira, 6 de julho de 2010
Contaminantes na água comprometem reprodução de várias espécies
(Notícia G1)
"No Brasil, ação de interferente endócrino gera molusco com dois sexos.
Danos da poluição hormonal à saúde humana são objeto de pesquisas.
(Luciana ChristanteDa ‘Unesp Ciência’)
Os ursos polares do Ártico estão tendo menos filhotes, assim como os pinguins-de-adélia da Antártida. No litoral brasileiro, é possível encontrar moluscos com dois sexos, tal como ocorre com alguns crocodilos da Flórida. Alterações dos órgãos sexuais e problemas reprodutivos como esses vêm sendo cada vez mais observados em diversas espécies ao redor do mundo. A causa é um tipo de poluição ainda pouco comentado fora da academia, mas que é objeto de estudo de um número crescente de cientistas. São contaminantes que se disseminaram em grande escala pelo planeta a partir do século 20, pondo em risco a biodiversidade e, suspeita-se, também a saúde humana.
Conhecidos como interferentes endócrinos, eles mimetizam a ação do estrógeno, o hormônio sexual feminino. De plásticos a pesticidas, de cosméticos a substâncias de uso industrial, passando por detergentes e até pela urina humana, as fontes são inúmeras e difusas. São moléculas quimicamente muito distintas entre si, mas que têm em comum a capacidade de interagir com os receptores de estrógenos que a maioria dos animais carrega na membrana de suas células. “Disfarçadas” de hormônio, elas produzem uma mensagem enganosa que pode fazer a célula se multiplicar, morrer ou produzir certas proteínas na hora errada, por exemplo.
Em animais, o efeito mais evidente é a feminilização de machos, e, com menor frequência, a masculinização de fêmeas. “Tudo depende do composto, da espécie e da fase do desenvolvimento em que o organismo é exposto”, diz Mary Rosa Rodrigues de Marchi, do Instituto de Química da Unesp em Araraquara. O período crítico de exposição é a fase de desenvolvimento, quando o estímulo hormonal certo na hora certa define os processos que darão origem a caracteres e comportamentos sexuais que se perpetuarão por toda a vida.
Evidências sobre os efeitos em humanos ainda são inconclusivas, mas não falta quem suspeite que a queda acentuada na contagem de espermatozoides em homens nos últimos 60 anos seja uma possível consequência. O fenômeno foi detectado inicialmente em países escandinavos, conhecidos por suas longas séries de dados epidemiológicos. É impossível provar a ligação direta com os interferentes endócrinos no ambiente, mas a indução do efeito em animais de laboratório aumenta a desconfiança.
“É muito difícil, e às vezes frustrante, confirmar o nexo causal entre esses contaminantes e a saúde humana. Mas o impacto ambiental deles já está bem estabelecido”, afirma Wilson Jardim, do Instituto de Química da Unicamp.
Wilson Jardim há anos estuda a presença de poluentes químicos nas águas que abastecem a região de Campinas. Além dos estrógenos naturais e sintéticos, ele também encontrou interferentes endócrinos usados na fabricação de plásticos, como os ftalatos e o bisfenol A. Estudos com animais de laboratório mostram que esses dois compostos (em doses mais altas às quais estamos expostos) podem prejudicar o desenvolvimento fetal, causando anormalidades nos órgãos reprodutivos.
Cadeia alimentar
Há ainda vários outros interferentes endócrinos que são insolúveis em água e têm origens e percursos ambientais completamente distintos. É o caso de uma vasta lista de pesticidas, que inclui tanto produtos proibidos, como DDT, quanto outros ainda em uso, como fibronil. São moléculas que podem levar anos ou décadas para se degradar até um composto que não apresente atividade estrogênica.
Dispersas no solo ou no ar, elas aderem a partículas que são carregadas pelas chuvas até os cursos d’água. Lá se depositam no sedimento de rios ou oceanos, do qual se alimentam vermes, moluscos, crustáceos ou peixes. Sua baixa solubilidade em água faz com que se acumulem em tecidos gordurosos.
O caranguejo-ermitão que vive na costa brasileira é uma dessas vítimas. Nesse caso, o vilão é uma substância conhecida como TBT (tributilestanho) – um componente da tinta que reveste o casco das embarcações para impedir o crescimento de cracas e algas (o que compromete o deslizamento na água e faz o veículo gastar mais combustível).
Bruno Sant’Anna, doutorando do Instituto de Biociências da Unesp em Rio Claro, está investigando a população do crustáceo em 25 estuários do litoral do Brasil, do sul da Bahia a Santa Catarina. Nos locais analisados até o momento (litoral de São Paulo e Paraty, no Rio), ele observou que até 8% dos animais tinham órgãos sexuais masculinos e femininos ao mesmo tempo.
O fenômeno faz com que fêmeas se transformem em machos, explica Sant’Anna. Em todos os animais analisados encontrou-se TBT, em níveis que variaram dependendo do lugar. A maior contaminação foi observada em São Sebastião e a menor, em Cananeia, ambas no litoral paulista. O TBT e seus subprodutos igualmente tóxicos persistem no ambiente por pelo menos dez anos.
A mudança de sexo causada pela “tinta envenenada”, como é conhecida entre pescadores, já foi descrita em mais de 120 espécies de moluscos ao redor do mundo. Uma convenção da Organização Marítima Mundial, da qual o Brasil é signatário, determinou o banimento desse tipo de tinta até 2008. A adesão foi mais rápida nos países desenvolvidos. Em Brasília, um projeto de decreto legislativo (1804/2009), aprovado pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara em novembro passado, aguarda votação no plenário.
O caranguejo-ermitão não faz parte do cardápio humano, mas sua contaminação, por TBT ou outro interferente endócrino encontrado no sedimento marinho, é transmitida a seus predadores e assim sucessivamente. Via cadeia alimentar, essas substâncias persistentes têm se disseminado na natureza, o que explica o fato de animais que vivem nas calotas polares estarem contaminados com pesticidas organoclorados, muitos deles banidos nos anos 1960 e 1970, ou com bifenilas policloradas, um tipo de fluido usado em transformadores elétricos até os anos 1980 e mais conhecido como ascarel. Estudos da década de 1990 em países como Alemanha, Holanda e Canadá encontraram pesticidas e ascarel no tecido adiposo e no leite humanos, em níveis mais elevados nas pessoas que consumiam grande quantidade de peixe."
Copyright: Unesp Ciência
È lastimável que tantas trágicas mudanças , tanto essas como outras no Meio Ambiente, não consigam sensibilizar e mobilizar uma sociedade. (A.Eco)
"No Brasil, ação de interferente endócrino gera molusco com dois sexos.
Danos da poluição hormonal à saúde humana são objeto de pesquisas.
(Luciana ChristanteDa ‘Unesp Ciência’)
Os ursos polares do Ártico estão tendo menos filhotes, assim como os pinguins-de-adélia da Antártida. No litoral brasileiro, é possível encontrar moluscos com dois sexos, tal como ocorre com alguns crocodilos da Flórida. Alterações dos órgãos sexuais e problemas reprodutivos como esses vêm sendo cada vez mais observados em diversas espécies ao redor do mundo. A causa é um tipo de poluição ainda pouco comentado fora da academia, mas que é objeto de estudo de um número crescente de cientistas. São contaminantes que se disseminaram em grande escala pelo planeta a partir do século 20, pondo em risco a biodiversidade e, suspeita-se, também a saúde humana.
Conhecidos como interferentes endócrinos, eles mimetizam a ação do estrógeno, o hormônio sexual feminino. De plásticos a pesticidas, de cosméticos a substâncias de uso industrial, passando por detergentes e até pela urina humana, as fontes são inúmeras e difusas. São moléculas quimicamente muito distintas entre si, mas que têm em comum a capacidade de interagir com os receptores de estrógenos que a maioria dos animais carrega na membrana de suas células. “Disfarçadas” de hormônio, elas produzem uma mensagem enganosa que pode fazer a célula se multiplicar, morrer ou produzir certas proteínas na hora errada, por exemplo.
Em animais, o efeito mais evidente é a feminilização de machos, e, com menor frequência, a masculinização de fêmeas. “Tudo depende do composto, da espécie e da fase do desenvolvimento em que o organismo é exposto”, diz Mary Rosa Rodrigues de Marchi, do Instituto de Química da Unesp em Araraquara. O período crítico de exposição é a fase de desenvolvimento, quando o estímulo hormonal certo na hora certa define os processos que darão origem a caracteres e comportamentos sexuais que se perpetuarão por toda a vida.
Evidências sobre os efeitos em humanos ainda são inconclusivas, mas não falta quem suspeite que a queda acentuada na contagem de espermatozoides em homens nos últimos 60 anos seja uma possível consequência. O fenômeno foi detectado inicialmente em países escandinavos, conhecidos por suas longas séries de dados epidemiológicos. É impossível provar a ligação direta com os interferentes endócrinos no ambiente, mas a indução do efeito em animais de laboratório aumenta a desconfiança.
“É muito difícil, e às vezes frustrante, confirmar o nexo causal entre esses contaminantes e a saúde humana. Mas o impacto ambiental deles já está bem estabelecido”, afirma Wilson Jardim, do Instituto de Química da Unicamp.
Wilson Jardim há anos estuda a presença de poluentes químicos nas águas que abastecem a região de Campinas. Além dos estrógenos naturais e sintéticos, ele também encontrou interferentes endócrinos usados na fabricação de plásticos, como os ftalatos e o bisfenol A. Estudos com animais de laboratório mostram que esses dois compostos (em doses mais altas às quais estamos expostos) podem prejudicar o desenvolvimento fetal, causando anormalidades nos órgãos reprodutivos.
Cadeia alimentar
Há ainda vários outros interferentes endócrinos que são insolúveis em água e têm origens e percursos ambientais completamente distintos. É o caso de uma vasta lista de pesticidas, que inclui tanto produtos proibidos, como DDT, quanto outros ainda em uso, como fibronil. São moléculas que podem levar anos ou décadas para se degradar até um composto que não apresente atividade estrogênica.
Dispersas no solo ou no ar, elas aderem a partículas que são carregadas pelas chuvas até os cursos d’água. Lá se depositam no sedimento de rios ou oceanos, do qual se alimentam vermes, moluscos, crustáceos ou peixes. Sua baixa solubilidade em água faz com que se acumulem em tecidos gordurosos.
O caranguejo-ermitão que vive na costa brasileira é uma dessas vítimas. Nesse caso, o vilão é uma substância conhecida como TBT (tributilestanho) – um componente da tinta que reveste o casco das embarcações para impedir o crescimento de cracas e algas (o que compromete o deslizamento na água e faz o veículo gastar mais combustível).
Bruno Sant’Anna, doutorando do Instituto de Biociências da Unesp em Rio Claro, está investigando a população do crustáceo em 25 estuários do litoral do Brasil, do sul da Bahia a Santa Catarina. Nos locais analisados até o momento (litoral de São Paulo e Paraty, no Rio), ele observou que até 8% dos animais tinham órgãos sexuais masculinos e femininos ao mesmo tempo.
O fenômeno faz com que fêmeas se transformem em machos, explica Sant’Anna. Em todos os animais analisados encontrou-se TBT, em níveis que variaram dependendo do lugar. A maior contaminação foi observada em São Sebastião e a menor, em Cananeia, ambas no litoral paulista. O TBT e seus subprodutos igualmente tóxicos persistem no ambiente por pelo menos dez anos.
A mudança de sexo causada pela “tinta envenenada”, como é conhecida entre pescadores, já foi descrita em mais de 120 espécies de moluscos ao redor do mundo. Uma convenção da Organização Marítima Mundial, da qual o Brasil é signatário, determinou o banimento desse tipo de tinta até 2008. A adesão foi mais rápida nos países desenvolvidos. Em Brasília, um projeto de decreto legislativo (1804/2009), aprovado pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara em novembro passado, aguarda votação no plenário.
O caranguejo-ermitão não faz parte do cardápio humano, mas sua contaminação, por TBT ou outro interferente endócrino encontrado no sedimento marinho, é transmitida a seus predadores e assim sucessivamente. Via cadeia alimentar, essas substâncias persistentes têm se disseminado na natureza, o que explica o fato de animais que vivem nas calotas polares estarem contaminados com pesticidas organoclorados, muitos deles banidos nos anos 1960 e 1970, ou com bifenilas policloradas, um tipo de fluido usado em transformadores elétricos até os anos 1980 e mais conhecido como ascarel. Estudos da década de 1990 em países como Alemanha, Holanda e Canadá encontraram pesticidas e ascarel no tecido adiposo e no leite humanos, em níveis mais elevados nas pessoas que consumiam grande quantidade de peixe."
Copyright: Unesp Ciência
È lastimável que tantas trágicas mudanças , tanto essas como outras no Meio Ambiente, não consigam sensibilizar e mobilizar uma sociedade. (A.Eco)
terça-feira, 4 de maio de 2010
Desastre ambiental
Noticiário sôbre a mancha de petróleo ,oriunda da pior catástrofe ambiental do governo dos Estados Unidos na qual,quase 800 mil litros( 5 mil barris) de petróleo jorram diariamente no mar do Golfo do México depois da explosão de uma plataforma, na semana passada.
Conclusão: Mais uma vez, o planeta perde...
Conclusão: Mais uma vez, o planeta perde...
terça-feira, 27 de abril de 2010
Vergonha e Revolta:"Roubo de ovos de tartaruga"
Roubo de ovos de tartaruga: A denúncia do massacre é verdadeira Fonte:Portal do Meio Ambiente
"Saque dos ovos de tartarugas para venda aos restaurantes na Praia de Ostional,
do oceano Pacífico, localizada a 350 de San Jose, capital da Costa Rica
Nos últimos meses tenho recebido centenas de e-mails com as imagens chocantes do saque de ovos de tartarugas pelas pessoas nas praias da Costa Rica. Fiquei desconfiado porque estava cheirando boato de internet. Algumas mensagens que estavam chegando informavam que o local era o Rio Solimões, no Brasil!
Obviamente não poderia ser um banco de areia do rio Solimões, considerando que as imagens mostram claramente o mar, sacos de fertilizante utilizados para transportar os ovos escritos em espanhol e também as características físicas das pessoas. Então, como informavam a maior parte das mensagens, o local mais plausível para as cenas do massacre poderia realmente ser uma praia da Costa Rica
Os gestores do projeto garantem que em cada temporada são saqueados “apenas” 3 milhões de ovos e que este número é 10% do total que as tartarugas depositam
Estariam as praias das Costa Rica tornando-se mortais para as tartarugas? Eu fui atrás de fontes confiáveis e verifiquei que, infelizmente, estão. É o que parece. As imagens não mentem, não foram manipuladas e mostram uma triste realidade nas praias da Costa Rica: o saque de ovos de tartarugas para o consumo e venda para restaurantes que faturam alto com a iguaria servida para os turistas estrangeiros. Tal prática é, obviamente, motivo de muita preocupação porque ameaçam de extinção algumas espécies de tartarugas.
Estes ovos saqueados dos ninhos das tartarugas são embalados, recebem um selo de "coletados legalmente" e vendidos para bares, restaurantes e padarias em toda a Costa Rica.
Há 20 anos o pesquisador Douglas Clark Robinson, da Faculdade de Biologia da Universidade da Costa Rica, colocou em prática um projeto de geração de renda pioneiro envolvendo as famílias da comunidade de Ostional, em Guanacaste, com uma atividade duvidosa de coleta "sustentável” de ovos para consumo próprio ou comercialização para os restaurantes.
Ovos de tartaruga saqueados da natureza na cozinha de um restaurante da Costa Rica
Lembrando que o local é uma unidade de conservação da natureza, Refúgio Nacional da Vida Selvagem de Ostional, e são os ovos da tartaruga oliva (Lepidochels olivacea), espécie que ESTÁ AMEAÇADA DE EXTINÇÃO. A tartaruga oliva desova nas praias brasileiras também, no Nordeste.
Durante as primeiras 35 horas após o início da desova, os habitantes locais passaram a receber autorização para promover a retirada maciça de ovos que, segundo os defensores deste projeto macabro de manejo sustentável, seriam destruídos pelas levas seguintes de tartarugas que congestionam o reduzido espaço ainda disponível na praia para a desova. A verdade é que para a mamãe natureza não faz nenhuma diferença se uma agressão é autorizada ou não.
Dizem que o monitoramento é feito pela Universidade da Costa Rica, Instituto da Pesca e Ministério do Ambiente, que até hoje gerenciam o projeto. E, assim, como tem muita gente que acredita em papai Noel, alguns defendem com unhas e dentes que este projeto funciona e ajuda a salvar as tartarugas. Na verdade, o salários de muita gente provém destes projetos de manejo sustentável. A cadeia alimentar dos predadores de ovos de tartaruga é bem mais complexa do que se imagina.
Para minha surpresa, a nota de “esclarecimento” do Projeto TAMAR/ICMBio publicada no site OECO defende com vigor este saque de ovos de tartaruga pelas pessoas com o argumento de que seriam desperdiçados ao servirem de comida para os predadores naturais (aves, mamíferos...), como se estes animais não merecessem viver.
Esta imagem mostra que são saqueados até os ovos enterrados profundamente,
que estavam bem seguros contra a ação dos predadores naturais.
Teoricamente, tudo é perfeito. Entretanto, na dura realidade da ganância humana, com o irresistível preço de 30 dólares o quilo de ovos de tartaruga, começaram a ser detectados problemas graves de gestão sobre a atividade. O projeto apresentou um terrível efeito colateral ao estimular a coleta ilegal que estaria ocorrendo mais fortemente em outras praias porque o governo costarriquenho não consegue controlar a atividade em todas as áreas protegidas.
O fenômeno da desova de tartarugas proporciona um espetáculo para os visitantes estrangeiros e a atividade turística na região é praticada de forma intensa, com a exploração imobiliária que reduz mais ainda o espaço para a desova das tartarugas. E, claro, como um atrativo principal para os turistas estrangeiros os roteiros turísticos oferecem cardápios com uma incrível variedade de pratos a base de ovos de tartaruga.
Em seu caderno de ciências do dia 14/11/2009, o jornal The New York Times publicou uma matéria que cita o problema da coleta de ovos de tartaruga na Costa Rica, informando que é comum e coloca em risco de extinção algumas espécies."
A falta ainda de uma concientização ambiental e notícias como essa chocante acima ,vergonhosamente me pergunto até que ponto chegaria o homem por ganância e parasitismo?
O que se vê são uns tipos da raça humana cuja inutilidade vale como lixo para o planeta, mostraram ser as piores pragas ambientais.(Agente Eco)
"Saque dos ovos de tartarugas para venda aos restaurantes na Praia de Ostional,
do oceano Pacífico, localizada a 350 de San Jose, capital da Costa Rica
Nos últimos meses tenho recebido centenas de e-mails com as imagens chocantes do saque de ovos de tartarugas pelas pessoas nas praias da Costa Rica. Fiquei desconfiado porque estava cheirando boato de internet. Algumas mensagens que estavam chegando informavam que o local era o Rio Solimões, no Brasil!
Obviamente não poderia ser um banco de areia do rio Solimões, considerando que as imagens mostram claramente o mar, sacos de fertilizante utilizados para transportar os ovos escritos em espanhol e também as características físicas das pessoas. Então, como informavam a maior parte das mensagens, o local mais plausível para as cenas do massacre poderia realmente ser uma praia da Costa Rica
Os gestores do projeto garantem que em cada temporada são saqueados “apenas” 3 milhões de ovos e que este número é 10% do total que as tartarugas depositam
Estariam as praias das Costa Rica tornando-se mortais para as tartarugas? Eu fui atrás de fontes confiáveis e verifiquei que, infelizmente, estão. É o que parece. As imagens não mentem, não foram manipuladas e mostram uma triste realidade nas praias da Costa Rica: o saque de ovos de tartarugas para o consumo e venda para restaurantes que faturam alto com a iguaria servida para os turistas estrangeiros. Tal prática é, obviamente, motivo de muita preocupação porque ameaçam de extinção algumas espécies de tartarugas.
Estes ovos saqueados dos ninhos das tartarugas são embalados, recebem um selo de "coletados legalmente" e vendidos para bares, restaurantes e padarias em toda a Costa Rica.
Há 20 anos o pesquisador Douglas Clark Robinson, da Faculdade de Biologia da Universidade da Costa Rica, colocou em prática um projeto de geração de renda pioneiro envolvendo as famílias da comunidade de Ostional, em Guanacaste, com uma atividade duvidosa de coleta "sustentável” de ovos para consumo próprio ou comercialização para os restaurantes.
Ovos de tartaruga saqueados da natureza na cozinha de um restaurante da Costa Rica
Lembrando que o local é uma unidade de conservação da natureza, Refúgio Nacional da Vida Selvagem de Ostional, e são os ovos da tartaruga oliva (Lepidochels olivacea), espécie que ESTÁ AMEAÇADA DE EXTINÇÃO. A tartaruga oliva desova nas praias brasileiras também, no Nordeste.
Durante as primeiras 35 horas após o início da desova, os habitantes locais passaram a receber autorização para promover a retirada maciça de ovos que, segundo os defensores deste projeto macabro de manejo sustentável, seriam destruídos pelas levas seguintes de tartarugas que congestionam o reduzido espaço ainda disponível na praia para a desova. A verdade é que para a mamãe natureza não faz nenhuma diferença se uma agressão é autorizada ou não.
Dizem que o monitoramento é feito pela Universidade da Costa Rica, Instituto da Pesca e Ministério do Ambiente, que até hoje gerenciam o projeto. E, assim, como tem muita gente que acredita em papai Noel, alguns defendem com unhas e dentes que este projeto funciona e ajuda a salvar as tartarugas. Na verdade, o salários de muita gente provém destes projetos de manejo sustentável. A cadeia alimentar dos predadores de ovos de tartaruga é bem mais complexa do que se imagina.
Para minha surpresa, a nota de “esclarecimento” do Projeto TAMAR/ICMBio publicada no site OECO defende com vigor este saque de ovos de tartaruga pelas pessoas com o argumento de que seriam desperdiçados ao servirem de comida para os predadores naturais (aves, mamíferos...), como se estes animais não merecessem viver.
Esta imagem mostra que são saqueados até os ovos enterrados profundamente,
que estavam bem seguros contra a ação dos predadores naturais.
Teoricamente, tudo é perfeito. Entretanto, na dura realidade da ganância humana, com o irresistível preço de 30 dólares o quilo de ovos de tartaruga, começaram a ser detectados problemas graves de gestão sobre a atividade. O projeto apresentou um terrível efeito colateral ao estimular a coleta ilegal que estaria ocorrendo mais fortemente em outras praias porque o governo costarriquenho não consegue controlar a atividade em todas as áreas protegidas.
O fenômeno da desova de tartarugas proporciona um espetáculo para os visitantes estrangeiros e a atividade turística na região é praticada de forma intensa, com a exploração imobiliária que reduz mais ainda o espaço para a desova das tartarugas. E, claro, como um atrativo principal para os turistas estrangeiros os roteiros turísticos oferecem cardápios com uma incrível variedade de pratos a base de ovos de tartaruga.
Em seu caderno de ciências do dia 14/11/2009, o jornal The New York Times publicou uma matéria que cita o problema da coleta de ovos de tartaruga na Costa Rica, informando que é comum e coloca em risco de extinção algumas espécies."
A falta ainda de uma concientização ambiental e notícias como essa chocante acima ,vergonhosamente me pergunto até que ponto chegaria o homem por ganância e parasitismo?
O que se vê são uns tipos da raça humana cuja inutilidade vale como lixo para o planeta, mostraram ser as piores pragas ambientais.(Agente Eco)
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Planeta lixo?
foto:http://revistawomenshealth.abril.com.br
Atualmente, vivemos num mundo onde a natureza é profundamente agredida. Toneladas se matéria-prima, geradas dos mais diferentes lugares do planeta, são industrializadas e consumidas criando rejeitos e resíduos, que são chamados de lixo. Assim, lixo é todo material descartado, proveniente das atividades humanas. É importante lembrar que o lixo gerado pelo homem é apenas uma pequena parte da montanha acumulada todos os dias, composta pelos resíduos de outros setores.
Entre as doenças relacionadas ao lixo doméstico, destacamos:
cisticercose, cólera, disenteria, febre tifoide, filariose, giardíase, leishmaniose, leptospirose, peste bubônica, salmonelose, toxoplasmose, tracoma, triquinose e mais outras nove.
O tratamento adequado do lixo visa á busca de alternativas as modelço atual de desenvolvimento sócio-econômico e ambiental. A comunidade pode e deve praticar através de conferências, debates, oficinas práticas de reaproveitamento, exposições e feiras de produtos reciclados, tendo como ponto de partida as questões relacionadas aos resíduos sólidos urbanos e a inclusão social. Essas atividades são parte do direito de cidadania inerente às pessoas que vivem em uma comunidade.
Para o correto aproveitamento dos meios naturais disponíveis, a sociedade deve ter noções de uso sustentável na exploração dos recursos naturais disponíveis. Muito do que jogamos fora e consideramos lixo pode ser aproveitado por outras pessoas, economizando dinheiro, energia e recursos naurais.
Os materiais que ainda podem ser usados para outros fins, mesmo depois de serem descartados, são chamados de materiais reaproveitáveis. Aqueles materiais que deveriam ser descartados, mas após sofrerem transformações podem novamente ser usados pelo homem, são chamados de materiais recicláveis.
Não há como não produzir lixo, mas podemos diminuir essa produção reduzindo o desperdício, reutilizando sempre que possível e separando os materiais recicláveis para a coleta seletiva.
Dessa forma, a sociedade fará um aproveitamento racional dos recursos, permitindo a sustentabilidade da exploração ambiental, a inclusão social de parcela de sua população, agindo com responsabilidade social e cidadania, e promoverá uma redução na produção de lixo.
Um aterro sanitário é uma forma para a deposição final de resíduos sólidos gerados pela atividade humana. Nele são dispostos resíduos domésticos, comerciais, de serviços de saúde, da indústria de construção, ou dejetos sólidos retirados do esgoto.
A regra dos 3 "R"
1. Reduzir: Sempre que possível devemos diminuir a nossa produção de resíduos, pois quanto menos produzirmos, menores serão os problemas para acondicionar, coletar, transportar e dar destino final.
2. Reutilizar: Frequentemente podemos reutilizar materiais que no passado seriam simplesmente descartados.
3. Reciclar: Significa transformar residuos em novos produtos. O resíduo é tratado como matéria prima, evitando sua extracção.
Conclusão :
O lixo reciclável deixou de ser algo que nos atrapalhe para ser algo que podemos usar para obter e proteger o planeta. Em todas as partes do Brasil estão nascendo iniciativas, cooperativas, pequenas empresas que começam a se personalizar.
O Brasil já é lider em reciclagem de papelão e latas de aluminio. Podemos dar essa e mais outras lições ao mundo e principalmente aos EUA, mas ainda temos potencial para fazer muito mais.
Para diminuirmos a quantidade de lixo não basta apenas produzirmos menos dejetos, mas, principalmente, devemos aprender a consumir. As pessoas devem ser conscientizadas da importância do trabalho de cada um. A educação aparece como ferramenta nesse processo.
A produção de lixo é inerente à humanidade e inevitável. Mas, a reciclagem e o uso racional dos processos de produção e aproveitamento de recursos poderão fazer a diferença nesse sentido.
Quatro problemas e quatro soluções para o meio ambiente urbano
Em especial para o mês do meio ambiente relacionamos algumas ações que que todos podem incluir em seus hábitos diarios para contribuir com a melhoria do meio ambiente urbano.
Problema: lixo
Solução: coleta seletiva
O incentivo a reciclagem não é apenas uma questão ambiental, mas também uma forma de inclusão social. A reciclagem de resíduos sólidos pode ser fonte de emprego e renda para muitas famílias, mas isso só é possível com a conscientização da população.
A produção per capita de lixo no Brasil varia de 0,3 a 1,1 quilos por dia. Quanto maior o poder aquisitivo da população, maior é a quantidade de lixo produzida.
Segundo o IBGE, a população brasileira gera 230 mil toneladas de lixo diariamente. Quantidade suficiente para encher o estádio do Maracanã inteiro.
O município de São Paulo é o maior gerador de resíduos domésticos do Estado. Seus 10 milhões de habitantes produzem mensalmente 15 mil toneladas de lixo.
A Região do ABC também não fica para trás, são 1.700 toneladas de lixo que vão para os aterros e
lixões todos os meses.
Entretanto, ao contrário do que imaginamos a quantidade de lixo não significa o descaso com o meio
ambiente. O que deve ser levado em consideração é a forma como esse lixo é tratado, se passa por alguma triagem, se é reutilizado ou reciclado antes de ser descartado.
Uma simples atitude que pode contribuir para a diminuição de pragas, manutenção da vida útil dos aterros
e serve de fonte de renda para diversas famílias é a separação dos resíduos reaproveitáveis.
A responsabilidade pelo lixo que você está gerando vai desde o momento da compra, quando se opta por um produto com menos embalagens, até a hora do seu descarte de forma adequada. Mesmo dentro de casa, é importante separar o lixo em recicláveis (lixo seco) e orgânico (lixo úmido).
Problema: emissão de poluentes
Solução: transportes alternativos
O setor de transportes não é sustentavel e está gerando enormes desafios à população como congestionamentos,
emissões de gases poluentes, além de problemas de saúde.
Um levantamento feito pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) no País são mais de 2,21 milhões de veículos circulando. Somente este ano, já foram licenciados mais de 540 mil veículos, quase um carro para cada morador de Santo André.
Este problema merece atenção, não só pelos efeitos do aquecimento global, mas pelos problemas de causados pelo excesso de veículos nas ruas.
As conseqüências desta forma de vida já podem ser sentidas em nossa saúde, além do estresse no transito, a péssima qualidade do ar provoca doenças que matam mais que a AIDS, segundo o levantamento da Organização Mundial da Saúde.
O Instituto Akatu de consumo consciente tem um programa chamdo “Direção Verde” que visa
conscientizar os motoristas sobre o impacto ambiental que causam e como reduzir suas emissões em até 25% simplesmente utilizando o veículo de forma mais eficaz.
Ações como prever congestionamentos, utilizar a potência do carro de maneira inteligente e ajustar a
pressão dos pneus, contribuem para a redução do consumo de combustível e, por conseqüência, na quantidade de emissão de gases poluentes.
Outra forma de mobilidade muito atual é a mobilidade virtual. As tecnologias de telecomunicações e de
internet oferecem opções excelentes para o uso privado ou profissional que tornam o próprio ato da locomoção física desnecessário: conferências virtuais, pagamentos de conta via internet e o trabalho em casa são bons exemplos disso.
Problema: poluição e escassez de água
Solução: separação, descarte correto de óleo
As discussões do século prometem girar em torno dos recursos naturais. Esses recursos podem ser responsáveis
pelas “novas guerras”. Segundo a ONU, cerca de 1,1 bilhão de pessoas não tem acesso à água potável no mundo e mais de 5.700 morrem por dia por doenças transmitidas pela água contaminada.
A ONU indica que, até 2050, mais de 45% da população mundial não vai ter acesso à água potável. Nesse cenário caótico, o Brasil se destaca, já que tem a maior reserva hídrica do mundo: 13,7% da água doce
do planeta; enquanto 20% da população mais rica do mundo consome 86% dos recursos naturais, 20% da população
mais pobre consume apenas 1,3% dos recursos.
Por isso, economizar e preservar a água é mais do que o aspecto ambiental é questão de sobrevivência. O óleo de cozinha despejado nos ralos e pias danifica as redes de esgoto, atrai pragas urbanas, causa a impermeabilização do solo e contribui para a poluição dos rios.
O óleo, por ser mais leve que a água, cria uma barreira na superfície da água que dificulta a entrada de luz, não permite que as algas produzam a fotossíntese e compromete a oxigenação da água, matando toda
forma de vida que nela existe.
Mesmo sendo tão nocivo à natureza, não existe uma alternativa para o descarte desse material. Na região do Grande ABC, cerca de 500 toneladas de óleo são despejadas mensalmente nos ralos das pias, vasos
sanitários ou diretamente na rede de esgoto.
Além do sabão, existem diversas outras aplicações para o óleo de cozinha usado, as mais comuns são para
detergente, massa de vidraceiro, resinas, colas, tintas e combustível, como o biodiesel.(fonte:Lixo no Mundo-UOL Blog)
Brasil não tem destino adequado para 67 mil toneladas de lixo todos os dias (Fonte: EcoD)
Todos os dias 67 mil toneladas diárias de lixo são despejados de maneira irregulare no Brasil. O diretor executivo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Carlos Silva Filho disse que o problema ainda é agravado pelas 20 mil toneladas diárias de resíduos domiciliares que não são sequer coletadas.
O lixo é um dos principais, senão o principal, causadores de inundações e doenças nos centros urbanos, como se viu nas enchentes ocorridas no Rio de Janeiro recentemente. “E não sendo coletadas, elas são também dispostas inadequadamente e acabam jogadas em terrenos baldios, rios e córregos d’água”, disse Silva Filho.
Para a Abrelpe, deve haver um planejamento municipal que tenha uma gestão integrada de resíduos sólidos, redução da geração de lixo, coleta seletiva e reciclagem. “E, principalmente, cuidando da destinação desses resíduos”, reforçou o diretor.
Com base em dados da Abrelpe de 2008, o mercado de limpeza urbana no Brasil movimentou naquele ano R$ 16,5 bilhões. “São gastos no Brasil pouco mais de R$ 8,00 por habitante por mês para dar conta de todo o serviço de limpeza urbana, que inclui coleta de lixo diária, transporte, destino final, varrição, limpeza de ruas, capina, limpeza de córregos. Com isso, nós continuamos com o déficit de 67 mil toneladas/dia de lixo com destinação inadequada”.
Segundo Silva Filho, para melhorar a destinação dos resíduos urbanos é necessário um investimento maior. A Abrelpe defende que o modelo adequado para fazer essa transição seriam as parcerias público-privadas (PPP). Nesse modelo, o investimento inicial é feito pelo setor privado, desonerando os cofres públicos. “E o Poder Público faria um financiamento desse investimento de longo prazo, de forma que não haja um grande impacto nos cofres públicos de uma vez só”.
Silva disse ainda que o Brasil não desenvolve ações concretas para avançar no tratamento do lixo, e que ocorrem ações isoladas apenas em São Paulo e Minas Gerais.
Atualmente, vivemos num mundo onde a natureza é profundamente agredida. Toneladas se matéria-prima, geradas dos mais diferentes lugares do planeta, são industrializadas e consumidas criando rejeitos e resíduos, que são chamados de lixo. Assim, lixo é todo material descartado, proveniente das atividades humanas. É importante lembrar que o lixo gerado pelo homem é apenas uma pequena parte da montanha acumulada todos os dias, composta pelos resíduos de outros setores.
Entre as doenças relacionadas ao lixo doméstico, destacamos:
cisticercose, cólera, disenteria, febre tifoide, filariose, giardíase, leishmaniose, leptospirose, peste bubônica, salmonelose, toxoplasmose, tracoma, triquinose e mais outras nove.
O tratamento adequado do lixo visa á busca de alternativas as modelço atual de desenvolvimento sócio-econômico e ambiental. A comunidade pode e deve praticar através de conferências, debates, oficinas práticas de reaproveitamento, exposições e feiras de produtos reciclados, tendo como ponto de partida as questões relacionadas aos resíduos sólidos urbanos e a inclusão social. Essas atividades são parte do direito de cidadania inerente às pessoas que vivem em uma comunidade.
Para o correto aproveitamento dos meios naturais disponíveis, a sociedade deve ter noções de uso sustentável na exploração dos recursos naturais disponíveis. Muito do que jogamos fora e consideramos lixo pode ser aproveitado por outras pessoas, economizando dinheiro, energia e recursos naurais.
Os materiais que ainda podem ser usados para outros fins, mesmo depois de serem descartados, são chamados de materiais reaproveitáveis. Aqueles materiais que deveriam ser descartados, mas após sofrerem transformações podem novamente ser usados pelo homem, são chamados de materiais recicláveis.
Não há como não produzir lixo, mas podemos diminuir essa produção reduzindo o desperdício, reutilizando sempre que possível e separando os materiais recicláveis para a coleta seletiva.
Dessa forma, a sociedade fará um aproveitamento racional dos recursos, permitindo a sustentabilidade da exploração ambiental, a inclusão social de parcela de sua população, agindo com responsabilidade social e cidadania, e promoverá uma redução na produção de lixo.
Um aterro sanitário é uma forma para a deposição final de resíduos sólidos gerados pela atividade humana. Nele são dispostos resíduos domésticos, comerciais, de serviços de saúde, da indústria de construção, ou dejetos sólidos retirados do esgoto.
A regra dos 3 "R"
1. Reduzir: Sempre que possível devemos diminuir a nossa produção de resíduos, pois quanto menos produzirmos, menores serão os problemas para acondicionar, coletar, transportar e dar destino final.
2. Reutilizar: Frequentemente podemos reutilizar materiais que no passado seriam simplesmente descartados.
3. Reciclar: Significa transformar residuos em novos produtos. O resíduo é tratado como matéria prima, evitando sua extracção.
Conclusão :
O lixo reciclável deixou de ser algo que nos atrapalhe para ser algo que podemos usar para obter e proteger o planeta. Em todas as partes do Brasil estão nascendo iniciativas, cooperativas, pequenas empresas que começam a se personalizar.
O Brasil já é lider em reciclagem de papelão e latas de aluminio. Podemos dar essa e mais outras lições ao mundo e principalmente aos EUA, mas ainda temos potencial para fazer muito mais.
Para diminuirmos a quantidade de lixo não basta apenas produzirmos menos dejetos, mas, principalmente, devemos aprender a consumir. As pessoas devem ser conscientizadas da importância do trabalho de cada um. A educação aparece como ferramenta nesse processo.
A produção de lixo é inerente à humanidade e inevitável. Mas, a reciclagem e o uso racional dos processos de produção e aproveitamento de recursos poderão fazer a diferença nesse sentido.
Quatro problemas e quatro soluções para o meio ambiente urbano
Em especial para o mês do meio ambiente relacionamos algumas ações que que todos podem incluir em seus hábitos diarios para contribuir com a melhoria do meio ambiente urbano.
Problema: lixo
Solução: coleta seletiva
O incentivo a reciclagem não é apenas uma questão ambiental, mas também uma forma de inclusão social. A reciclagem de resíduos sólidos pode ser fonte de emprego e renda para muitas famílias, mas isso só é possível com a conscientização da população.
A produção per capita de lixo no Brasil varia de 0,3 a 1,1 quilos por dia. Quanto maior o poder aquisitivo da população, maior é a quantidade de lixo produzida.
Segundo o IBGE, a população brasileira gera 230 mil toneladas de lixo diariamente. Quantidade suficiente para encher o estádio do Maracanã inteiro.
O município de São Paulo é o maior gerador de resíduos domésticos do Estado. Seus 10 milhões de habitantes produzem mensalmente 15 mil toneladas de lixo.
A Região do ABC também não fica para trás, são 1.700 toneladas de lixo que vão para os aterros e
lixões todos os meses.
Entretanto, ao contrário do que imaginamos a quantidade de lixo não significa o descaso com o meio
ambiente. O que deve ser levado em consideração é a forma como esse lixo é tratado, se passa por alguma triagem, se é reutilizado ou reciclado antes de ser descartado.
Uma simples atitude que pode contribuir para a diminuição de pragas, manutenção da vida útil dos aterros
e serve de fonte de renda para diversas famílias é a separação dos resíduos reaproveitáveis.
A responsabilidade pelo lixo que você está gerando vai desde o momento da compra, quando se opta por um produto com menos embalagens, até a hora do seu descarte de forma adequada. Mesmo dentro de casa, é importante separar o lixo em recicláveis (lixo seco) e orgânico (lixo úmido).
Problema: emissão de poluentes
Solução: transportes alternativos
O setor de transportes não é sustentavel e está gerando enormes desafios à população como congestionamentos,
emissões de gases poluentes, além de problemas de saúde.
Um levantamento feito pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) no País são mais de 2,21 milhões de veículos circulando. Somente este ano, já foram licenciados mais de 540 mil veículos, quase um carro para cada morador de Santo André.
Este problema merece atenção, não só pelos efeitos do aquecimento global, mas pelos problemas de causados pelo excesso de veículos nas ruas.
As conseqüências desta forma de vida já podem ser sentidas em nossa saúde, além do estresse no transito, a péssima qualidade do ar provoca doenças que matam mais que a AIDS, segundo o levantamento da Organização Mundial da Saúde.
O Instituto Akatu de consumo consciente tem um programa chamdo “Direção Verde” que visa
conscientizar os motoristas sobre o impacto ambiental que causam e como reduzir suas emissões em até 25% simplesmente utilizando o veículo de forma mais eficaz.
Ações como prever congestionamentos, utilizar a potência do carro de maneira inteligente e ajustar a
pressão dos pneus, contribuem para a redução do consumo de combustível e, por conseqüência, na quantidade de emissão de gases poluentes.
Outra forma de mobilidade muito atual é a mobilidade virtual. As tecnologias de telecomunicações e de
internet oferecem opções excelentes para o uso privado ou profissional que tornam o próprio ato da locomoção física desnecessário: conferências virtuais, pagamentos de conta via internet e o trabalho em casa são bons exemplos disso.
Problema: poluição e escassez de água
Solução: separação, descarte correto de óleo
As discussões do século prometem girar em torno dos recursos naturais. Esses recursos podem ser responsáveis
pelas “novas guerras”. Segundo a ONU, cerca de 1,1 bilhão de pessoas não tem acesso à água potável no mundo e mais de 5.700 morrem por dia por doenças transmitidas pela água contaminada.
A ONU indica que, até 2050, mais de 45% da população mundial não vai ter acesso à água potável. Nesse cenário caótico, o Brasil se destaca, já que tem a maior reserva hídrica do mundo: 13,7% da água doce
do planeta; enquanto 20% da população mais rica do mundo consome 86% dos recursos naturais, 20% da população
mais pobre consume apenas 1,3% dos recursos.
Por isso, economizar e preservar a água é mais do que o aspecto ambiental é questão de sobrevivência. O óleo de cozinha despejado nos ralos e pias danifica as redes de esgoto, atrai pragas urbanas, causa a impermeabilização do solo e contribui para a poluição dos rios.
O óleo, por ser mais leve que a água, cria uma barreira na superfície da água que dificulta a entrada de luz, não permite que as algas produzam a fotossíntese e compromete a oxigenação da água, matando toda
forma de vida que nela existe.
Mesmo sendo tão nocivo à natureza, não existe uma alternativa para o descarte desse material. Na região do Grande ABC, cerca de 500 toneladas de óleo são despejadas mensalmente nos ralos das pias, vasos
sanitários ou diretamente na rede de esgoto.
Além do sabão, existem diversas outras aplicações para o óleo de cozinha usado, as mais comuns são para
detergente, massa de vidraceiro, resinas, colas, tintas e combustível, como o biodiesel.(fonte:Lixo no Mundo-UOL Blog)
Brasil não tem destino adequado para 67 mil toneladas de lixo todos os dias (Fonte: EcoD)
Todos os dias 67 mil toneladas diárias de lixo são despejados de maneira irregulare no Brasil. O diretor executivo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Carlos Silva Filho disse que o problema ainda é agravado pelas 20 mil toneladas diárias de resíduos domiciliares que não são sequer coletadas.
O lixo é um dos principais, senão o principal, causadores de inundações e doenças nos centros urbanos, como se viu nas enchentes ocorridas no Rio de Janeiro recentemente. “E não sendo coletadas, elas são também dispostas inadequadamente e acabam jogadas em terrenos baldios, rios e córregos d’água”, disse Silva Filho.
Para a Abrelpe, deve haver um planejamento municipal que tenha uma gestão integrada de resíduos sólidos, redução da geração de lixo, coleta seletiva e reciclagem. “E, principalmente, cuidando da destinação desses resíduos”, reforçou o diretor.
Com base em dados da Abrelpe de 2008, o mercado de limpeza urbana no Brasil movimentou naquele ano R$ 16,5 bilhões. “São gastos no Brasil pouco mais de R$ 8,00 por habitante por mês para dar conta de todo o serviço de limpeza urbana, que inclui coleta de lixo diária, transporte, destino final, varrição, limpeza de ruas, capina, limpeza de córregos. Com isso, nós continuamos com o déficit de 67 mil toneladas/dia de lixo com destinação inadequada”.
Segundo Silva Filho, para melhorar a destinação dos resíduos urbanos é necessário um investimento maior. A Abrelpe defende que o modelo adequado para fazer essa transição seriam as parcerias público-privadas (PPP). Nesse modelo, o investimento inicial é feito pelo setor privado, desonerando os cofres públicos. “E o Poder Público faria um financiamento desse investimento de longo prazo, de forma que não haja um grande impacto nos cofres públicos de uma vez só”.
Silva disse ainda que o Brasil não desenvolve ações concretas para avançar no tratamento do lixo, e que ocorrem ações isoladas apenas em São Paulo e Minas Gerais.
domingo, 4 de abril de 2010
Chocolate Orgânico
"Pela natureza da cultura e suas condições de produção dentro da mata, a produção de cacau já está integrada com uma das bases da agricultura orgânica, que, dentre outros princípios, determina a preservação do ambiente natural. Além disso, a não utilização de agrotóxicos e adubos químicos, poderá garantir uma melhor qualidade nutricional para o fruto do cacau . A constante reposição de matéria orgânica, característica da floresta, irá contribuir para a manutenção de um solo rico, equilibrado e capaz de atender as necessidades da planta.
O chocolate orgânico não possui leite em sua composição, tornando-se assim um produto à disposição para pessoas que tem intolerância a lactose e devem restringir o consumo de leite e derivados. Ao invés do leite, a soja é um dos componentes presentes na sua fabricação. E seu sabor é semelhante ao chocolate meio amargo.
A produção de cacau orgânico já é uma realidade na região sul da Bahia. Atualmente, técnicas de produção orgânica estão sendo desenvolvidas, em completa sinergia com o meio ambiente. Algumas alternativas como culturas consorciadas (cacau , palmito, café, ervas, temperos, mandioca, milho, feijão, frutas e até seringueiras) estão sendo testadas e certamente irão ter bons resultados.
A produção de chocolate, a partir do cacau orgânico, está sendo desenvolvida em todo o mundo. Já existem marcas famosas de chocolate orgânico nas prateleiras de mercados da Europa e dos Estados Unidos .
Esse tipo de chocolate defende não somente a idéia de consumirmos algo que faça bem para o nosso corpo, mas também incentiva o consumo consciente, de produtos que façam bem para o planeta. Também por isso, as embalagens costumam ser de papel reciclado! Aliás, a Páscoa pode ser uma boa época para começar a fazer reciclagem de lixo (separação do orgânico e do seco) em casa."
Fontes: Terra e Planeta Orgânico
Foto:http://rotaorganica.wordpress.com/2010/04/02/somos-todos-chocolovers/#comment-114
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