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Atualmente, vivemos num mundo onde a natureza é profundamente agredida. Toneladas se matéria-prima, geradas dos mais diferentes lugares do planeta, são industrializadas e consumidas criando rejeitos e resíduos, que são chamados de lixo. Assim, lixo é todo material descartado, proveniente das atividades humanas. É importante lembrar que o lixo gerado pelo homem é apenas uma pequena parte da montanha acumulada todos os dias, composta pelos resíduos de outros setores.
Entre as doenças relacionadas ao lixo doméstico, destacamos:
cisticercose, cólera, disenteria, febre tifoide, filariose, giardíase, leishmaniose, leptospirose, peste bubônica, salmonelose, toxoplasmose, tracoma, triquinose e mais outras nove.
O tratamento adequado do lixo visa á busca de alternativas as modelço atual de desenvolvimento sócio-econômico e ambiental. A comunidade pode e deve praticar através de conferências, debates, oficinas práticas de reaproveitamento, exposições e feiras de produtos reciclados, tendo como ponto de partida as questões relacionadas aos resíduos sólidos urbanos e a inclusão social. Essas atividades são parte do direito de cidadania inerente às pessoas que vivem em uma comunidade.
Para o correto aproveitamento dos meios naturais disponíveis, a sociedade deve ter noções de uso sustentável na exploração dos recursos naturais disponíveis. Muito do que jogamos fora e consideramos lixo pode ser aproveitado por outras pessoas, economizando dinheiro, energia e recursos naurais.
Os materiais que ainda podem ser usados para outros fins, mesmo depois de serem descartados, são chamados de materiais reaproveitáveis. Aqueles materiais que deveriam ser descartados, mas após sofrerem transformações podem novamente ser usados pelo homem, são chamados de materiais recicláveis.
Não há como não produzir lixo, mas podemos diminuir essa produção reduzindo o desperdício, reutilizando sempre que possível e separando os materiais recicláveis para a coleta seletiva.
Dessa forma, a sociedade fará um aproveitamento racional dos recursos, permitindo a sustentabilidade da exploração ambiental, a inclusão social de parcela de sua população, agindo com responsabilidade social e cidadania, e promoverá uma redução na produção de lixo.
Um aterro sanitário é uma forma para a deposição final de resíduos sólidos gerados pela atividade humana. Nele são dispostos resíduos domésticos, comerciais, de serviços de saúde, da indústria de construção, ou dejetos sólidos retirados do esgoto.
A regra dos 3 "R"
1. Reduzir: Sempre que possível devemos diminuir a nossa produção de resíduos, pois quanto menos produzirmos, menores serão os problemas para acondicionar, coletar, transportar e dar destino final.
2. Reutilizar: Frequentemente podemos reutilizar materiais que no passado seriam simplesmente descartados.
3. Reciclar: Significa transformar residuos em novos produtos. O resíduo é tratado como matéria prima, evitando sua extracção.
Conclusão :
O lixo reciclável deixou de ser algo que nos atrapalhe para ser algo que podemos usar para obter e proteger o planeta. Em todas as partes do Brasil estão nascendo iniciativas, cooperativas, pequenas empresas que começam a se personalizar.
O Brasil já é lider em reciclagem de papelão e latas de aluminio. Podemos dar essa e mais outras lições ao mundo e principalmente aos EUA, mas ainda temos potencial para fazer muito mais.
Para diminuirmos a quantidade de lixo não basta apenas produzirmos menos dejetos, mas, principalmente, devemos aprender a consumir. As pessoas devem ser conscientizadas da importância do trabalho de cada um. A educação aparece como ferramenta nesse processo.
A produção de lixo é inerente à humanidade e inevitável. Mas, a reciclagem e o uso racional dos processos de produção e aproveitamento de recursos poderão fazer a diferença nesse sentido.
Quatro problemas e quatro soluções para o meio ambiente urbano
Em especial para o mês do meio ambiente relacionamos algumas ações que que todos podem incluir em seus hábitos diarios para contribuir com a melhoria do meio ambiente urbano.
Problema: lixo
Solução: coleta seletiva
O incentivo a reciclagem não é apenas uma questão ambiental, mas também uma forma de inclusão social. A reciclagem de resíduos sólidos pode ser fonte de emprego e renda para muitas famílias, mas isso só é possível com a conscientização da população.
A produção per capita de lixo no Brasil varia de 0,3 a 1,1 quilos por dia. Quanto maior o poder aquisitivo da população, maior é a quantidade de lixo produzida.
Segundo o IBGE, a população brasileira gera 230 mil toneladas de lixo diariamente. Quantidade suficiente para encher o estádio do Maracanã inteiro.
O município de São Paulo é o maior gerador de resíduos domésticos do Estado. Seus 10 milhões de habitantes produzem mensalmente 15 mil toneladas de lixo.
A Região do ABC também não fica para trás, são 1.700 toneladas de lixo que vão para os aterros e
lixões todos os meses.
Entretanto, ao contrário do que imaginamos a quantidade de lixo não significa o descaso com o meio
ambiente. O que deve ser levado em consideração é a forma como esse lixo é tratado, se passa por alguma triagem, se é reutilizado ou reciclado antes de ser descartado.
Uma simples atitude que pode contribuir para a diminuição de pragas, manutenção da vida útil dos aterros
e serve de fonte de renda para diversas famílias é a separação dos resíduos reaproveitáveis.
A responsabilidade pelo lixo que você está gerando vai desde o momento da compra, quando se opta por um produto com menos embalagens, até a hora do seu descarte de forma adequada. Mesmo dentro de casa, é importante separar o lixo em recicláveis (lixo seco) e orgânico (lixo úmido).
Problema: emissão de poluentes
Solução: transportes alternativos
O setor de transportes não é sustentavel e está gerando enormes desafios à população como congestionamentos,
emissões de gases poluentes, além de problemas de saúde.
Um levantamento feito pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) no País são mais de 2,21 milhões de veículos circulando. Somente este ano, já foram licenciados mais de 540 mil veículos, quase um carro para cada morador de Santo André.
Este problema merece atenção, não só pelos efeitos do aquecimento global, mas pelos problemas de causados pelo excesso de veículos nas ruas.
As conseqüências desta forma de vida já podem ser sentidas em nossa saúde, além do estresse no transito, a péssima qualidade do ar provoca doenças que matam mais que a AIDS, segundo o levantamento da Organização Mundial da Saúde.
O Instituto Akatu de consumo consciente tem um programa chamdo “Direção Verde” que visa
conscientizar os motoristas sobre o impacto ambiental que causam e como reduzir suas emissões em até 25% simplesmente utilizando o veículo de forma mais eficaz.
Ações como prever congestionamentos, utilizar a potência do carro de maneira inteligente e ajustar a
pressão dos pneus, contribuem para a redução do consumo de combustível e, por conseqüência, na quantidade de emissão de gases poluentes.
Outra forma de mobilidade muito atual é a mobilidade virtual. As tecnologias de telecomunicações e de
internet oferecem opções excelentes para o uso privado ou profissional que tornam o próprio ato da locomoção física desnecessário: conferências virtuais, pagamentos de conta via internet e o trabalho em casa são bons exemplos disso.
Problema: poluição e escassez de água
Solução: separação, descarte correto de óleo
As discussões do século prometem girar em torno dos recursos naturais. Esses recursos podem ser responsáveis
pelas “novas guerras”. Segundo a ONU, cerca de 1,1 bilhão de pessoas não tem acesso à água potável no mundo e mais de 5.700 morrem por dia por doenças transmitidas pela água contaminada.
A ONU indica que, até 2050, mais de 45% da população mundial não vai ter acesso à água potável. Nesse cenário caótico, o Brasil se destaca, já que tem a maior reserva hídrica do mundo: 13,7% da água doce
do planeta; enquanto 20% da população mais rica do mundo consome 86% dos recursos naturais, 20% da população
mais pobre consume apenas 1,3% dos recursos.
Por isso, economizar e preservar a água é mais do que o aspecto ambiental é questão de sobrevivência. O óleo de cozinha despejado nos ralos e pias danifica as redes de esgoto, atrai pragas urbanas, causa a impermeabilização do solo e contribui para a poluição dos rios.
O óleo, por ser mais leve que a água, cria uma barreira na superfície da água que dificulta a entrada de luz, não permite que as algas produzam a fotossíntese e compromete a oxigenação da água, matando toda
forma de vida que nela existe.
Mesmo sendo tão nocivo à natureza, não existe uma alternativa para o descarte desse material. Na região do Grande ABC, cerca de 500 toneladas de óleo são despejadas mensalmente nos ralos das pias, vasos
sanitários ou diretamente na rede de esgoto.
Além do sabão, existem diversas outras aplicações para o óleo de cozinha usado, as mais comuns são para
detergente, massa de vidraceiro, resinas, colas, tintas e combustível, como o biodiesel.(fonte:Lixo no Mundo-UOL Blog)
Brasil não tem destino adequado para 67 mil toneladas de lixo todos os dias (Fonte: EcoD)
Todos os dias 67 mil toneladas diárias de lixo são despejados de maneira irregulare no Brasil. O diretor executivo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Carlos Silva Filho disse que o problema ainda é agravado pelas 20 mil toneladas diárias de resíduos domiciliares que não são sequer coletadas.
O lixo é um dos principais, senão o principal, causadores de inundações e doenças nos centros urbanos, como se viu nas enchentes ocorridas no Rio de Janeiro recentemente. “E não sendo coletadas, elas são também dispostas inadequadamente e acabam jogadas em terrenos baldios, rios e córregos d’água”, disse Silva Filho.
Para a Abrelpe, deve haver um planejamento municipal que tenha uma gestão integrada de resíduos sólidos, redução da geração de lixo, coleta seletiva e reciclagem. “E, principalmente, cuidando da destinação desses resíduos”, reforçou o diretor.
Com base em dados da Abrelpe de 2008, o mercado de limpeza urbana no Brasil movimentou naquele ano R$ 16,5 bilhões. “São gastos no Brasil pouco mais de R$ 8,00 por habitante por mês para dar conta de todo o serviço de limpeza urbana, que inclui coleta de lixo diária, transporte, destino final, varrição, limpeza de ruas, capina, limpeza de córregos. Com isso, nós continuamos com o déficit de 67 mil toneladas/dia de lixo com destinação inadequada”.
Segundo Silva Filho, para melhorar a destinação dos resíduos urbanos é necessário um investimento maior. A Abrelpe defende que o modelo adequado para fazer essa transição seriam as parcerias público-privadas (PPP). Nesse modelo, o investimento inicial é feito pelo setor privado, desonerando os cofres públicos. “E o Poder Público faria um financiamento desse investimento de longo prazo, de forma que não haja um grande impacto nos cofres públicos de uma vez só”.
Silva disse ainda que o Brasil não desenvolve ações concretas para avançar no tratamento do lixo, e que ocorrem ações isoladas apenas em São Paulo e Minas Gerais.
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