quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Baleia nao resistiu...


Hesitei em comentar sobre essa noticia pela esperanca de um bom desfecho,mas foi em vao. A baleia jubarte que se encontrava encalhada na praia de Geriba , em Buzios, RJ , nao resistiu. E, um misto de raiva e vergonha diante da impotencia do desfecho eh explicito. Saber como evitar de uma maneira eficaz que nao encalhassem seria uma solucao.
Eu soube que os bombeiros do Grupamento Marítimo do RJ (G-Mar) monitoram todos os animais que cheguem perto da costa. Se algum deles se aproxima demais, eles usam barcos, apitos e o que mais estiver à mão para tentar afastá-lo.
Diante tantos encalhamentos por aqui ,me permite a questionar ou essa tentativa eh rudimentar ou nao se estah havendo um monitoramento eficaz...mas a realidade eh que quando uma baleia está desorientada o suficiente para encalhar, é porque já está doente ou com algum outro problema ; o que faz com que dificulte ainda mais com que ela volte para o mar depois que encalha.
E como vivem no mar onde na agua os seus corpos flutuam , fora dela, não têm estrutura para agüentar o próprio peso, que acaba por comprimir a caixa torácica, comprometendo a circulação e a respiração. O que se sabe eh que as baleias resistem a esse sofrimento por três dias, no máximo.

Os Cientistas ainda estão buscando explicações para o fenômeno que eh uma incognita.
As baleias jubarte realizam uma migração anual. Durante o verão ela se dirige para as águas polares para se alimentar e durante o inverno migra para águas tropicais e subtropicais para acasalar e dar à luz seus filhotes. Assim, no hemisfério sul as jubartes chegam por volta de junho/julho e permanecem até novembro/dezembro, quando retornam para as áreas de alimentação. Ou seja, a cada ano fazem uma viagem da Antártida rumo à costa brasileira em busca de águas quentes e rasas . A jubarte de Búzios, provavelmente, estaria em sua jornada de volta ao continente gelado, mas infelizmente, ainda não se sabe o motivo de ter encalhado.

Mais sobre a Jubarte no site do Instituto Baleia Jubarte

Como funciona o regate de uma baleia:
Mais de 50 homens trabalham na operação de desencalhe.

Mante-la molhada ,pois baleias e golfinhos podem sofrer queimaduras de sol, e por isso é importante mantê-los sempre molhados. As ondas ajudam, mas se o sol estiver forte demais é bom cobrir o animal com panos claros encharcados.

Cabo-de-guerra,onde uma rede acolchoada de tecido, presa a cabos, é passada por baixo do corpo do animal, até as nadadeiras. Os rebocadores puxam os cabos até que a baleia chegue a uma profundidade onde possa flutuar. (puxar pelo rabo pode quebrar a coluna).

Rebocador a postos,como não podem ficar perto demais, sob risco de encalhar também, os rebocadores contam com ajuda das lanchas para levar cabos e redes até os bombeiros.

Cordão de isolamento, pois os curiosos podem ser um problemão. Alguns chegam exaltados, outros com idéias mirabolantes. E ainda existe gente querendo colocar os filhos ,acreditem,em cima do animal para tirar fotos!

Abrindo caminho, onde jateadores de água, bombas ou dragas podem ser usados para escavar a areia, abrindo um caminho pelo qual a baleia pode ser levada para o mar.






Fontes:
José Laílton, coordenador do Projeto Mamíferos Aquáticos (Maqua), da UERJ. Instituto Baleia Jubarte; revista superinteressante ; http://veja.abril.com.br. Foto tb da Veja.

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